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Estado de Minas

Propostas de presidenci�veis n�o empolgam empres�rios

Em sabatina na CNI, os tr�s principais candidatos � Presid�ncia defendem a competitividade na ind�stria, reforma tribut�ria e revis�o da lei trabalhista


postado em 31/07/2014 06:00 / atualizado em 31/07/2014 08:07

Aécio Neves (PSDB), senador:
A�cio Neves (PSDB), senador: "A crise atual n�o � causada por problemas internacionais, mas por brasileiros" (foto: Ueslei Marcelino/Reuters)

Bras�lia
– No primeiro ato conjunto de campanha – embora em momentos de sabatina distintos na Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI) –, os tr�s principais postulantes ao Pal�cio do Planalto tentaram seduzir o empresariado brasileiro com as propostas que implementar�o caso sejam eleitos em outubro. Dilma Rousseff (PT), A�cio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) defenderam a competitividade na ind�stria, a necessidade de uma reforma tribut�ria e de revis�es na legisla��o trabalhista. N�o apresentaram, contudo, propostas novas e pouco empolgaram os representantes do PIB nacional.

Dilma Rousseff (PT), presidente da República:
Dilma Rousseff (PT), presidente da Rep�blica: "Pregar esse tarifa�o agora � para assustar as pessoas e as empresas" (foto: Ueslei Marcelino/Reuters)

Tanto A�cio quanto Campos bateram na tecla de que o pa�s est� mergulhado em uma crise econ�mica que pode at� ser influenciada por fatores externos, mas que tem como agravante a falta de lideran�a pol�tica do governo Dilma. “A crise atual n�o � causada por problemas internacionais, mas por brasileiros”, resumiu o tucano. Campos seguiu na mesma linha: “O que falta s�o duas palavrinhas m�gicas que conhe�o muito bem: gest�o e lideran�a”, completou o socialista.

Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco:
Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco: "O que falta s�o duas palavrinhas que conhe�o muito bem: gest�o e lideran�a" (foto: Ueslei Marcelino/Reuters)

Eles insistiram que a onda de pessimismo que assola o pa�s e obriga os empres�rios a atrasar investimentos deriva da falta de pulso do governo. “N�o vou sequer me ater � quest�o do Santander (uma analista do banco espanhol afirmou que os fundamentos da economia brasileira v�o piorar caso Dilma seja reeleita). Vou ficar apenas nos relat�rios da Funda��o Getulio Vargas”, disse A�cio. “A nossa pol�tica de governan�a esclerosou”, acusou Campos.

A presidente Dilma Rousseff – a �ltima a ser sabatinada pelos empres�rios – defendeu o fim da onda de pessimismo que, segundo ela, tem se alastrado nesse per�odo pr�-eleitoral. Ela garantiu que n�o haver� um tarifa�o nas contas de energia e nos combust�veis em 2015. “Essa hist�ria do tarifa�o � prima-irm� de duas outras coisas: a primeira chama-se tempestade perfeita, e a outra chama-se racionamento de energia. Pregar esse tarifa�o agora � para assustar as pessoas e as empresas”, reclamou a presidente.

A tempestade perfeita a que se refere a Dilma � um jarg�o dos economistas segundo o qual a sa�de financeira e monet�ria de um pa�s se deteriora rapidamente por conta da conjuga��o de erros na condu��o da pol�tica interna e fatores externos negativos. Dilma afirmou que, ao se alastrar as ideias de tarifa�o ou racionamento, os empres�rios desistem de investir com medo de n�o ter energia para suprir as demandas. “Voc�s sabem perfeitamente que quando houve o racionamento em 2000 e 2001, o PIB do pa�s caiu dois pontos percentuais”, lembrou a presidente.

Investimento


A�cio e Eduardo tamb�m refor�aram a necessidade de um aumento na taxa de investimentos em infraestrutura no pa�s. O percentual atual representa 2,5% do PIB. Ambos defendem um valor pr�ximo dos 5%. O tucano prometeu ainda que o n�vel de investimento total, em 2018, subir� dos atuais 18% do PIB para 24%. Dilma rebateu, em sua interven��o, dizendo que herdou um pa�s sem projetos, sem engenheiros e acrescentou que tentou acelerar o ritmo das obras p�blicas com o Regime Diferenciado de Contrata��o (RDC). “Fui acusada de afrouxar os mecanismos de fiscaliza��o e controle, o que � um tolice”, declarou a presidente.

Sobre a redu��o da carga tribut�ria – uma das principais demandas apresentadas pelos empres�rios no documento com 42 pontos feito pela CNI e entregue aos presidenci�veis –, Eduardo e A�cio prometeram enviar, logo nas primeiras semanas de governo uma proposta de reforma tribut�ria ao Congresso. “Eu serei o primeiro presidente eleito desde a redemocratiza��o que vai reduzir a carga tribut�ria”, afirmou Eduardo. “Com a experi�ncia que tenho de parlamentar e governador de Minas, negociarei diretamente com o Congresso Nacional o processo de simplifica��o da estrutura de impostos no pa�s”, disse A�cio.

Dilma lembrou a s�rie de desonera��es que o seu governo e o do antecessor, Lula, promoveram desde 2008. “Imagina qual seria a situa��o da ind�stria hoje se, l� atr�s, n�o tiv�ssemos tomado as medidas antic�clicas necess�rias para o pa�s continuar crescendo”, indagou a presidente.

Executivos em posi��o neutra


Empresários que acompanharam a satina disseram ainda esperar o detalhamento das propostas dos candidatos para se posicionar(foto: Jorge William/Agência Globo )
Empres�rios que acompanharam a satina disseram ainda esperar o detalhamento das propostas dos candidatos para se posicionar (foto: Jorge William/Ag�ncia Globo )
Os aplausos esparsos em momentos espec�ficos da sabatina dos tr�s principais presidenci�veis, nessa quarta-feira, na Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI), mostraram que os executivos presentes n�o se empolgaram muito com o que ouviram. Muitos deixaram o evento com a impress�o de que os oposicionistas A�cio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) t�m projetos similares e que a presidente Dilma Rousseff (PT) n�o d� sinais claros de que mudan�as poder� promover na condu��o da economia se for reeleita.


O presidente da Associa��o Nacional dos Fabricantes de Ve�culos Automotores (Anfavea), Luiz Moan, comentou que o evento foi importante para que o setor industrial ouvisse as diferentes propostas dos candidatos. Ele explicou que far� uma avalia��o detalhada do que foi apresentado pelos tr�s e, ap�s esse processo, identificar� quais s�o as melhores para o setor. “Somos uma entidade apol�tica e n�o declaramos apoio a nenhum candidato. Esse � um momento de reflex�o”, detalhou.

Para o integrante do Conselho de Administra��o do grupo Ultra Pedro Wongtschowski, os tr�s ainda n�o detalharam quais medidas ser�o tomadas para impulsionar os neg�cios do setor industrial. “Ainda precisamos aguardar a entrega formal dos programas de governo para entender as reais inten��es de cada um”, disse.

Na opini�o do presidente da Alupar, Paulo Godoy, o presidente eleito n�o ter� uma tarefa f�cil para enfrentar o desafio de diminuir a burocracia existente no pa�s. De acordo com ele, ser� necess�ria uma grande articula��o pol�tica tamb�m para fazer uma reforma tribut�ria. “N�o vi diferen�as nas propostas apresentadas. O que ter� um peso maior nesse processo � a capacidade colocar em pr�tica as propostas apresentadas”, detalhou.

O presidente da Associa��o Brasileira da Ind�stria El�trica e Eletr�nica (Abinee), Humberto Barbato, afirmou que o governo Dilma Rousseff tem dificuldades em firmar parcerias comerciais com outros pa�ses. “A�cio e Campos t�m boas propostas para esse tema, sem vi�s ideol�gico”, concluiu.


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