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Estado de Minas

L�der do PMDB vende a��es de empresa envolvida em fraude


postado em 12/09/2014 17:19 / atualizado em 12/09/2014 18:35

O l�der do PMDB no Senado e candidato ao governo do Cear�, Eun�cio Oliveira (CE), vendeu a participa��o de 50% que tinha na companhia privada Manchester Servi�os Ltda., equivalente a R$ 1 milh�o em capital. A informa��o consta na declara��o de bens do candidato ao Tribunal Superior Eleitoral e foi confirmada por ele nesta semana.

Eun�cio negou que a venda da participa��o, em dezembro de 2011, tenha a ver com as den�ncias envolvendo a empresa e a Petrobras. Em julho de 2011, o jornal O Estado de S. Paulo revelou, em uma s�rie de reportagens, que a Manchester era acusada de fraudar uma concorr�ncia no valor de R$ 366 milh�es com a Petrobras e de receber R$ 69 milh�es da estatal em contratos sem licita��o (em valores atualizados pelo IPCA). A den�ncia mostrava que, al�m dos contratos sem licita��o, a empresa da qual Eun�cio era s�cio soube com anteced�ncia, de dentro da estatal, a rela��o de seus concorrentes na disputa por um contrato na �rea de consultoria e gest�o empresarial e, de posse dessas informa��es, procurou empresas para ganhar a concorr�ncia.

"Vendi porque fiz a op��o de passar a investir em im�veis, que exige menos tempo", afirmou Eun�cio. Ele disse n�o saber os nomes das pessoas para quem vendeu as a��es. De acordo com a administra��o da Manchester, a venda foi feita a "s�cios remanescentes", sem especificar nomes. O peemedebista ressaltou ainda que estava afastado do comando de todas as companhias das quais era s�cio desde 1998, quando se elegeu deputado federal pela primeira vez, para se dedicar exclusivamente � pol�tica.

A pedido do Minist�rio P�blico, o Tribunal de Contas da Uni�o abriu processo para investigar o caso. Em julho deste ano, ac�rd�o da Corte considerou improcedente representa��o do MP, alegando que os contratos "emergenciais" e aditivos da Petrobras com a Manchester foram necess�rios por causa dos problemas da companhia que prestava os servi�os. Segundo o documento, a Manchester tinha sido a terceira colocada na licita��o inicial e foi contratada temporariamente, pois os pre�os ofertados estavam dentro da estimativa da estatal e a empresa tinha experi�ncia. No mesmo processo do TCU, foi inclu�da a den�ncia de fraude em licita��o. A Corte informa que o processo ainda se encontra aberto e que novas decis�es "podem surgir a qualquer momento".

Al�m da Manchester, Eun�cio vendeu a��es em tr�s empresas de seguran�a privada. Ele se desfez de 98,3% da participa��o na Confederal Vigil�ncia e Transporte de Valores Ltda., equivalente a um capital de R$ 7,7 milh�es. Tamb�m vendeu as participa��es de 50% (R$ 2 milh�es) na CORPVS Corpo de Vigilantes Particulares e de 40% (R$ 300 mil) na CORPVS Seguran�a Eletr�nica. Questionado especificamente sobre as empresas de seguran�a, Eun�cio n�o soube informar a data exata das vendas, nem para quem repassou as a��es, e reafirmou ter vendido as companhias para investir em im�veis por falta de tempo de acompanhar os trabalhos.

Juntas, as participa��es vendidas por Eun�cio na Manchester e em outras sete empresas nos �ltimos quatro anos totalizavam capital de R$ 12.367.033, de acordo com dados fornecidos por ele � Justi�a Eleitoral. Com a venda das a��es, o peemedebista declarou, nas elei��es deste ano, patrim�nio de R$ 99 milh�es, tornando-se o candidato a governador com maior patrim�nio declarado do Brasil. O montante � superior em mais de R$ 60 milh�es ao informado pelo segundo candidato mais rico, Reinaldo Azambuja (PSDB-MS). No pleito de 2010, quando foi eleito senador, o patrim�nio declarado por Eun�cio era de R$ 79 milh�es (em valor atualizado).


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