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Estado de Minas

Comiss�o visita ex-centro de tortura em Barra Mansa


postado em 07/10/2014 19:49 / atualizado em 07/10/2014 20:11

Integrantes da Comiss�o Nacional da Verdade (CNV) e da Comiss�o Estadual da Verdade do Rio de Janeiro (CEV-RJ) fizeram nesta ter�a-feira, 7, uma dilig�ncia de reconhecimento do antigo Batalh�o de Infantaria Blindada do Ex�rcito, em Barra Mansa, no sul fluminense. No local, que funcionou como centro de tortura e deten��es de 1964 a 1973, hoje funcionam um circo, uma secretaria municipal e o comando da Guarda Municipal.

Em janeiro de 1972, 15 soldados foram torturados dentro desse Batalh�o, e quatro deles (Wanderlei de Oliveira, Juarez Virote, Roberto Vicente da Silva e Geomar Ribeiro da Silva) morreram. O corpo de Wanderlei, esquartejado, foi abandonado numa estrada. O cad�ver de Juarez foi queimado, cortado e abandonado perto de Bananal, em S�o Paulo. Os militares torturadores forjaram a fuga dos dois soldados e chegaram a divulgar a fuga nas r�dios locais, na tentativa de simular que ambos foram v�timas de crimes comuns.

Ao contr�rio da grande maioria dos casos de tortura praticados durante o governo militar, esse foi divulgado pelo Minist�rio do Ex�rcito e investigado. Em 22 de janeiro de 1973, oito militares e dois policiais civis foram condenados, no �nico caso de condena��o judicial por tortura e morte ocorrida durante a ditadura. A �ntegra da senten�a, por�m, s� foi conhecida em 1997.

Embora a decis�o judicial cite apenas espancamentos, os sobreviventes relatam ter sofrido choques el�tricos, afogamento e simula��o de fuzilamento. Os recrutas torturados eram acusados de usar ou traficar maconha nas depend�ncias militar, mas o Inqu�rito Policial Militar que investigava isso foi arquivado.

Parentes dos militares mortos participaram da visita de ontem. O pai de Juarez, Pedro Virote, de 88 anos, emocionou-se ao lembrar do caso: "Depois de morto, meu filho foi cortado em peda�os", afirmou. "Ele demonstrava insatisfa��o com o que acontecia l� dentro".

"As For�as Armadas continuam negando que n�o houve desvio de finalidade nas instala��es militares. N�o podemos nos conformar", disse Nadine Borges, presidente da CEV-RJ, que acompanhou a dilig�ncia com Alejandra Estevez, da CNV, e Alex Martins, presidente da Comiss�o da Verdade de Volta Redonda.


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