O candidato do PSDB � Presid�ncia, senador A�cio Neves, usou seu programa eleitoral nesta tarde de ter�a-feira, para rebater as cr�ticas disparadas pela campanha da presidente Dilma Rousseff (PT) e para abra�ar bandeiras defendidas pelo movimento sindical.
Ao final do programa eleitoral do PSDB, nova investida contra a oponente: duas pessoas aparecem sussurrando a uma mulher cr�ticas a A�cio feitas pelos petistas, dentre as quais a de que ele, uma vez eleito, acabaria com programas sociais. Em seguida, um apresentador afirma que "o PT quer amedrontar" o eleitor "com fofocas e boatos", atitude movida pelo "medo de perder a elei��o e os privil�gios" e de que as den�ncias de corrup��o na Petrobras sejam investigadas.
Fora o tiroteio com o PT, A�cio aproveitou parte de seus 10 minutos no hor�rio eleitoral para defender plataformas do movimento sindical. Ele aparece em uma conversa com lideran�as ligadas � For�a Sindical, cujo presidente licenciado � o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), seu aliado. Na grava��o, os sindicalistas perguntam ao tucano quais suas propostas para os trabalhadores, dando a deixa para que A�cio prometa dignidade aos aposentados e "toler�ncia zero com a infla��o".
O candidato do PSDB se compromete no v�deo com uma nova f�rmula para a corre��o das aposentadorias - que leve em conta o aumento dos medicamentos -, com a manuten��o do gatilho do sal�rio m�nimo at� 2019 e com a recomposi��o da tabela do imposto de renda em quatro anos e com sua atualiza��o baseada na infla��o. Ele tamb�m diz que estudar� uma "alternativa" ao Fator Previdenci�rio.
Reprise
A presidente Dilma Rousseff, por sua vez, repetiu nesta tarde a propaganda eleitoral levada ao ar ontem, que teve como alvo o ex-presidente do Banco Central Arm�nio Fraga, j� indicado como ministro da Fazenda em um eventual governo do PSDB. O PT tem usado o assessor econ�mico de A�cio Neves para refor�ar a polariza��o com o PSDB e passar ao eleitor a imagem de que o Brasil n�o pode "retroceder".
Um apresentador afirma que o candidato do PSDB disse que est� disposto a adotar "medidas impopulares" e que os tempos de Arm�nio � frente do BC foram marcados por "infla��o, juros altos e muito desemprego". Em seguida, � exibida uma grava��o na qual Arm�nio argumenta que os bancos p�blicos n�o teriam tantas fun��es numa nova administra��o tucana e que ele mesmo n�o sabe "muito bem o que vai sobrar no final da linha - talvez n�o muito".
Depois de exibida a grava��o, Dilma rebate o aliado de A�cio e alega que os bancos p�blicos subsidiam a��es e programas sociais, como o Minha Casa Minha Vida, o Programa de Financiamento Estudantil (Fies) e o transporte p�blico. "Sem apoio (dos bancos p�blicos), tudo ficaria muito mais caro para a popula��o", afirma a petista. Para ela, � "dif�cil n�o se indignar" quando A�cio fala em "medidas impopulares". "Elas s�o contra o povo, e eu tenho um lado muito claro: o povo", arremata.
Ao final da pe�a, Dilma volta a investir na polariza��o. "Quando a gente compara o Brasil de hoje com o que o Lula e eu encontramos, a diferen�a � enorme", diz, acrescentando que hoje a "economia � s�lida" e o Pa�s n�o precisa mais "se humilhar diante do FMI (Fundo Monet�rio Internacional)". "O meu advers�rio nega tudo isso. Mas eu pergunto: voc� acha que o Brasil est� melhor ou pior do que antes?", conclui.
Tamb�m consta na propaganda petista uma r�pida inser��o do ex-presidente Luz In�cio Lula da Silva, mas essa participa��o � tamb�m uma reprise gravada ainda para o primeiro turno. Nela, o principal cabo eleitoral de Dilma diz que o seu segundo mandato foi melhor do que o primeiro e que a presidente est� "com muito g�s, muita energia" e com muitas ideias para o futuro.