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Estado de Minas

Pesquisas internas determinam tr�guas nos ataques entre Dilma e A�cio


postado em 21/10/2014 06:00 / atualizado em 21/10/2014 08:27

Bras�lia – O tom mais ameno, menos agressivo e mais propositivo no debate entre Dilma Rousseff (PT) e A�cio Neves (PSDB), na noite de domingo, baseou-se em pesquisas internas das campanhas petistas e tucanas mostrando que os ataques m�tuos e a selvageria dos �ltimos encontros j� n�o surtiam o mesmo efeito de antes. Al�m disso, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em um primeiro momento de forma te�rica e ao longo do fim de semana de maneira efetiva, posicionou-se contra o vale-tudo pol�tico. Mas nenhum especialista, nem as respectivas candidaturas, sabem dizer at� quando o cessar-fogo vai durar.


Um campo de batalha que, com certeza permanecer� aberto, s�o as redes sociais. “Elas s�o uma forma atual e moderna de fazer campanha e onde existe uma liberdade maior, pois � feita pelos militantes, n�o pelas assessorias ou pelos pr�prios candidatos”, afirmou o cientista pol�tico da Funda��o Escola de Sociologia e Pol�tica de S�o Paulo Rui Tavares Maluf.

 Um estrategista da campanha dilmista lembra que, apesar dos ataques m�tuos e das tentativas de descontru��o das respectivas candidaturas, o embate travado at� o momento nas redes sociais est� mais civilizado do que o ocorrido em 2010, quando Dilma enfrentou, na corrida pelo Planalto, o hoje senador eleito Jos� Serra. “Quatro anos atr�s, a internet foi inundada por temas como aborto e op��es sexuais. Apesar de esses assuntos terem ajudado nas elei��es de alguns deputados, os debates morais ficaram de fora das campanhas majorit�rias. A avalia��o � de que isso mais tira do que arrebanha votos para presidente”, justificou o dilmista.

Para o advogado constitucionalista Erick Wilson Pereira, autor do livro “Direito Eleitoral – Interpreta��o e Aplica��o das Normas Constitucionais-Eleitorais”, a atual disputa entre PT e PSDB se alterna entre o princ�pio constitucional do acesso � informa��o e o princ�pio, tamb�m estabelecido na Constitui��o Federal, do direito � liberdade de manifesta��o de opini�o. “Quando voc� potencializa para crit�rios como qualidades e defeitos do candidato, voc� transborda essa raia de legalidade e passa a trazer inj�rias, cal�nias e difama��es”, disse Erik.

O jurista defende que o espa�o da propaganda eleitoral n�o pode ser utilizado para agress�es de cunho pessoal. “Mas como essa elei��o se acirrou muito, com uma disputa cada vez mais tensa, esse tipo de agress�o passou a ser mais usada”, afirmou. Para ele, isso levou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a mudar o entendimento que tem sobre o caso. “Os candidatos passaram uma linha de desespero, a ansiedade aumentou, e a� teve essa ofensa a preceitos constitucionais. Isso fez com que o TSE interviesse na forma de fazer a propaganda.” Essa postura mais incisiva do tribunal pode aumentar de maneira consider�vel os direitos de resposta e at� mesmo a proibi��o de inser��es de propagandas nesta reta final da corrida eleitoral, um preju�zo enorme diante do tempo ex�guo de campanha at� sexta-feira.

A professora S�nia Fleury, da Escola Brasileira de Administra��o P�blica e de Empresas, ligada � Funda��o Get�lio Vargas do Rio de Janeiro, admitiu que o comportamento de A�cio e Dilma foi mais republicano no debate realizado na noite de domingo. S�nia, contudo, acredita que a aus�ncia de agressividade e o debate mais morno, como o realizado na noite de domingo, n�o necessariamente trazem benef�cios para o eleitorado. A professora lembra que o Brasil passa por dificuldades agudas no campo econ�mico mas, ao que tudo indica no momento, os candidatos est�o evitando expor a necessidade de implantar medidas mais duras com medo de perder votos.

Defesa


Para o coordenador da campanha de A�cio, o senador Jos� Agripino Maia (DEM-RN), o tucano nada mais fez do que se defender dos ataques lan�ados pela candidata do PT. “Foi Dilma quem come�ou a atacar A�cio. Ele respondeu por ter um estilo de n�o levar desaforo para casa. Mas a linha de atua��o dele, nos debates, sempre � a de apresentar propostas”, defendeu Agripino.O senador demista lembrou que a estrat�gia da destrui��o j� vinha sendo utilizada pelo PT desde o primeiro turno das elei��es , contra Marina Silva (PSB).

Com Grasielle Castro


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