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Estado de Minas

Relat�rio traz perfil de perseguido na ditadura


postado em 25/10/2014 09:49 / atualizado em 25/10/2014 10:36

Rio, 25 - A Comiss�o Estadual da Verdade do Rio de Janeiro divulgou nessa sexta-feira relat�rio com estat�sticas sobre o perfil das v�timas de persegui��es pol�ticas entre 1946 e 1988 no Estado. O universo analisado foram as pessoas que, pessoalmente ou por meio de representante, pediram repara��o � Comiss�o de Anistia, �rg�o federal criado em 2001 e subordinado ao Minist�rio da Justi�a.

"O maior n�mero de persegui��es foi registrado entre 1964 e 1967. Isso mostra que

os trabalhadores j� sofriam forte repress�o desde o in�cio", disse o presidente da comiss�o, Wadih Damous.

Dos 73 mil requerimentos apresentados � Comiss�o de Anistia, 10.559 diziam respeito ao Estado do Rio. Mas, quando os dados ficaram � disposi��o da comiss�o, apenas 986 haviam sido analisados por completo. Desses, a comiss�o selecionou 69 casos, para uma pesquisa qualitativa.

A maioria das v�timas de persegui��es pol�ticas era homem, n�o nascida no Rio e foi perseguida pela primeira vez quando tinham entre 26 e 30 anos. Outros 26% tinham de 31 a 40 anos. Em 17% dos casos, as v�timas tinham entre 18 e 25 anos ou de 41 a 60 anos.

O per�odo com maior incid�ncia de casos foram os quatro primeiros anos da ditadura, de 1964 a 1967: 42% das persegui��es. De 1968 a 1973 foram 28% dos casos; 10% ocorreram entre 1974 e 1978; e 8% de 1979 a 1988. Entre as v�timas, 48% eram nascidas no Rio; 10% eram mineiras; 6% paulistas; e 6% pernambucanas.

Os profissionais mais atingidos foram servidores p�blicos (10%), seguidos por jornalistas (8%) e professores (5%). A maioria mantinha intensa atividade social, militando em partidos, grupos pol�ticos ou sindicatos.

Em m�dia, cada v�tima foi alvo de dois tipos de persegui��o. O mais comum foi demiss�o (24%), seguido por pris�o (17%), inqu�rito policial militar (14%), processo penal militar (10%), monitoramento (10%) e tortura (5%). Os anistiados nem sempre ficavam presos em cadeias comuns. Um dos lugares utilizados como pris�o no Estado do Rio foi o gin�sio Caio Martins, em Niter�i.

Os casos de tortura relatados nesses 69 pedidos de anistia se assemelham �queles j� divulgados desde o in�cio dos trabalhos da Comiss�o Nacional da Verdade e das comiss�es estaduais. As informa��es s�o do jornal

O Estado de S. Paulo.


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