O vice-presidente do PSDB e senador reeleito Alvaro Dias (PR) disse nesta ter�a-feira, 28, que a inten��o da presidente Dilma Rousseff (PT) de aprovar uma reforma pol�tica no Congresso por meio de um plebiscito � um "novo equ�voco". O modelo de se fazer uma consulta popular sobre as mudan�as nas regras pol�tico-eleitorais antes de enviar uma proposta para vota��o no Congresso j� havia sido recha�ada em meados do ano passado pelos parlamentares, ap�s os protestos da metade de 2013.
"Me parece um novo equ�voco (o modelo proposto por Dilma). N�s estamos diante de grav�ssimos problemas no Pa�s e nenhuma manobra diversionista neste momento acrescenta ou contribui para a solu��o dos problemas nacionais", afirmou o senador do PSDB, que foi reeleito com a maior vota��o proporcional para o cargo destas elei��es, 77% dos votos v�lidos.
'Desvio de foco'
Alvaro Dias, que est� de licen�a do cargo at� o in�cio de dezembro, mas esteve no Senado no come�o da tarde, disse que o fato de um novo Congresso ter sido escolhido nas elei��es deste m�s autoriza os parlamentares a realizar a reforma sem a necessidade, a priori, de se fazer uma consulta popular. "Sa�mos das urnas agora, portanto, autorizados a promov�-la. Eu n�o imagino um plebiscito nesta hora, seria um desperd�cio", argumentou ele, ao considerar a medida um "desvio de foco" e mais uma vez uma "manobra diversionista".
O tucano disse que a presidente poderia, por exercer um "cargo imperial", estabelecer um cronograma para se aprovar a reforma e enviar ao Congresso um projeto de lei em regime de urg�ncia constitucional para que a proposta seja aprovada "o mais rapidamente poss�vel". Esse tipo de projeto tranca a pauta do plen�rio da C�mara dos Deputados, se n�o for votado 45 dias ap�s ter sido enviado pelo Executivo.
Embora diga que n�o seja necess�ria uma consulta popular, Alvaro Dias afirmou que poderia at� discutir a realiza��o de um referendo, caso ocorresse durante as elei��es municipais de 2016. "Entendo que a reforma pol�tica amadureceu durante v�rios anos e n�s sabemos que � preciso conferir ao Pa�s um novo poder pol�tico porque esse modelo produziu desgaste, � antiquado e est� superado", afirmou. "Em mat�ria de consulta popular, o referendo seria o ideal, porque n�o h� como desautorizar o Congresso rec�m-eleito. Ele est� autorizado a realizar a reforma pol�tica", completou.
