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Estado de Minas

'Nosso problema � com a sociedade', diz Moreira Franco


postado em 30/10/2014 19:37 / atualizado em 30/10/2014 20:15

De volta das f�rias tiradas para atuar na reta final da campanha da presidente Dilma Rousseff, o chefe da Secretaria de Avia��o Civil, Moreira Franco (PMDB), diz que, garantida a reelei��o, o papel dos ministros � abrir di�logo para diminuir a tens�o com a sociedade. S� assim, afirma, ser� poss�vel melhorar tamb�m o ambiente no Congresso. A primeira tens�o p�s-elei��o entre o parlamento e o governo envolveu o PMDB na C�mara, que derrubou proposta da presidente Dilma Rousseff para cria��o de conselhos populares e se mobiliza para lan�ar a candidatura do l�der Eduardo Cunha (RJ) a presidente da Casa.

"O grande problema que n�s temos n�o � parlamentar, � um problema com a sociedade. O governo tem que usar seus ministros e seus agentes pol�ticos para estreitar os la�os com a sociedade. O recado da elei��o � que temos que entender que o governo existe para resolver os problemas e n�o para dificultar a vida das pessoas. O Congresso reflete o ambiente da sociedade. Se � tenso, se h� m� vontade, cr�ticas, reclama��es, o Congresso vai ficar excitado. Se a sociedade encontra di�logo com o governo, o Congresso fica mais distendido e come�a a cumprir suas fun��es", diz o ministro.

Para Moreira, a iniciativa do PMDB de, dois dias depois da elei��o, derrotar o governo na proposta dos conselhos populares "n�o � um bicho de sete cabe�as". "Essa proposta foi pol�mica desde o in�cio", lembra.

Apesar de a bancada do PMDB ter lan�ado a pr�-candidatura de Eduardo Cunha a presidente da C�mara, em uma prov�vel disputa com o PT, Moreira defende o revezamento entre os dois partidos. Pelo acordo firmado h� quatro anos, PMDB e PT se alternariam na presid�ncia e os dois pr�ximos anos caberiam aos petistas. Os deputados peemedebistas argumentam, no entanto, que n�o h� "ambiente" favor�vel a uma candidatura do PT.

"O acordo de rod�zio entre PT e PMDB tem sido extremamente bem sucedido. Esse mesmo acordo j� existiu na �poca de PMDB e PFL. Acho que � uma discuss�o que tem que ter. O acordo tem dado resultado. � uma discuss�o entre eles (deputados). Por seguran�a, tem que ter um documento assinado", diz o ministro. A perman�ncia do acordo de revezamento tamb�m foi defendida pelo vice-presidente da Rep�blica e presidente do PMDB, Michel Temer.

Moreira diz acreditar no di�logo com a oposi��o, apesar de o l�der do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), candidato a vice-presidente na chapa de A�cio Neves, ter rejeitado a ideia e dito que a presidente "n�o tem autoridade" para propor a aproxima��o. "Conhe�o Aloysio desde adolescente. Ele tem momentos de grande intransig�ncia, mas a natureza dele � democr�tica. Aloysio ser� sempre uma boa refer�ncia para o di�logo", diz Moreira, companheiro do tucano na resist�ncia � ditadura militar. "Nos encontramos na milit�ncia pol�tica. Eu era de AP (Associa��o Popular), ele era do Partido Comunista. N�o tenho a menor d�vida de que, passado o calor da disputa eleitoral, vamos restabelecer o que a presidenta chama de pontes. O Senado voltar� a ser o grande cen�rio para que o di�logo se desenvolva", acena o ministro.

A ideia da candidatura pr�pria para presidente da Rep�blica em 2018, defendida pelo governador reeleito do Rio, Luiz Fernando Pez�o, no dia seguinte � elei��o, tem apoio de Moreira. "O governador Pez�o disse uma coisa absolutamente verdadeira. Partido que n�o tem voca��o e disposi��o para o poder n�o � partido, � ONG. Criado como MDB, o PMDB conseguiu derrubar uma ditadura miliar em matar ningu�m. N�s n�o merecemos ser ONG", diz. O ministro, rejeita, no entanto, falar em poss�veis presidenci�veis do partido.

Moreira diz que, a partir da pr�xima semana, o PMDB dar� in�cio a uma s�rie de debates sobre a reforma pol�tica. O ministro defende a realiza��o de consulta popular, seja referendo, preferido pelo PMDB, ou plebiscito, mencionado pela presidente Dilma. "O importante � trazermos o ambiente pol�tico para o s�culo 21. J� trouxemos a economia, o campo social. Mas na pol�tica estamos no s�culo 19. A liberdade partid�ria � um direito constitucional. O problema � que os partidos precisam ter representa��o, desempenho eleitoral", diz.

Sobre o financiamento de campanha, o ministro diz que "tem que debater sem mistifica��o". "Hoje o financiamento � p�blico e privado. A propaganda de TV � paga com recursos do er�rio. O fundo partid�rio � recurso p�blico e todos os paridos recebem. O que falta � transpar�ncia", afirma.


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