A disputa presidencial no 2º turno foi mais acirrada do que chegou ao conhecimento dos eleitores. Pouco mais de trinta minutos antes da primeira abertura para acompanhamento da apura��o, �s 20h, o tucano A�cio Neves despontava em primeiro lugar na vota��o. A virada aconteceu �s 19h32, quando Dilma Rousseff, a presidente eleita, possu�a 50,5% dos votos e A�cio, 49,95%. S� os t�cnicos do tribunal assistiram o minuto a minuto da totaliza��o dos votos. O TSE refuta a possibilidade de vazamento da apura��o.
"Temos convic��o de que n�o houve vazamento", disse o corregedor-geral da Justi�a Eleitoral, ministro Jo�o Ot�vio de Noronha. Questionado sobre o assunto nesta quinta-feira, Toffoli disse que os boatos de que determinado candidato estava � frente de outro, no dia da elei��o, se tratavam apenas de "especula��o".
Pouco depois das 19h30, os ministros do tribunal, junto com as equipes jur�dicas das campanhas do PT e do PSDB e outras autoridades, como o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Ricardo Lewandowski, se reuniram no Centro de Divulga��o das Elei��es (CDE), junto � imprensa, para aguardar a abertura dos resultados. �s 20h, o resultado parcial apareceu para os ministros e para o Brasil inteiro. Dilma estava na frente, mas a elei��o n�o estava matematicamente definida.
Antigamente, de acordo com Noronha, os ministros chegavam a acompanhar a apura��o dos votos. Este ano, contudo, por conta do fuso hor�rio do Acre e do hor�rio de ver�o, o resultado s� poderia come�ar a ser divulgado a partir das 20h, com a vota��o encerrada em todas as unidades federativas. O tempo de tr�s horas entre o fim da vota��o no Sudeste e em Estados do Norte possibilitaria que, quando os resultados fossem abertos, o presidente j� estivesse praticamente definido. Por essa raz�o, o TSE decidiu que ningu�m, al�m da �rea t�cnica, acompanharia a totaliza��o. "Quem poderia vazar? N�s est�vamos l�, com os jornalistas", questiona Noronha, ressaltando a presen�a dos ministros no CDE.
Informa��es de que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso iria embarcar para Minas Gerais, divulgadas na internet, alimentaram a especula��o de que a campanha do tucano tinha acesso � apura��o. Noronha lembra, contudo, que o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, � tarde, embarcou para Bras�lia para acompanhar o resultado junto com a presidente Dilma Rousseff. "Houve movimenta��o dos dois lados", diz Noronha, refor�ando o entendimento de que n�o h� qualquer tipo de vazamento.
Mesmo o bom resultado de A�cio no in�cio da apura��o, segundo ele, j� era esperado. No primeiro turno, o movimento foi semelhante, de acordo com ele. Isso porque a apura��o de S�o Paulo, maior col�gio eleitoral do Pa�s, que teve vota��o expressiva no tucano, come�a antes do fechamento das urnas do Nordeste, por exemplo, onde o PT tem predomin�ncia.