Bras�lia – A pr�xima sess�o da Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) Mista da Petrobras, marcada para ter�a-feira, tem tudo para ser tensa. Governo e oposi��o travar�o um duelo de requerimentos e tentativas de convoca��o, elevando a temperatura pol�tica no Congresso. Ser� mais press�o sobre o presidente do colegiado, senador Vital do R�go (PMDB-PB), cotado para assumir uma cadeira no Tribunal de Contas da Uni�o (TCU) e com pressa de se livrar dessa confus�o.
Integrantes da CPI que apoiam o governo lembram que faltam apenas cinco sess�es at� a apresenta��o do relat�rio final e j� ficou acertado que os trabalhos n�o ser�o prorrogados. A guerra pol�tica, segundo eles, levar�, no m�ximo, � aprova��o de um pedido de convoca��o do ex-diretor da Petrobras Renato Duque, preso na sexta-feira durante a nova fase da Opera��o Lava a Jato. “Acabou a elei��o, mas o embate pol�tico n�o. Pelo menos agora as investiga��es n�o est�o contaminadas pelo processo eleitoral”, despistou um assessor palaciano.
Trabalhos em marcha lenta
Relembre fatos marcantes da CPI da Petrobras
>> A batalha entre governo e oposi��o para a cria��o da CPI — ou CPI Mista da Petrobras — come�ou em mar�o, quando veio � tona a declara��o da presidente Dilma Rousseff de que aprovou a compra da refinaria de Pasadena com base em informa��es incompletas
>> A oposi��o no Senado conseguiu as assinaturas para criar uma CPI da Petrobras na Casa. O governo coletou assinaturas para criar outra comiss�o para investigar a oposi��o, incluindo suspeita de cartel de trens de S�o Paulo
>> Os oposicionistas, ent�o, garantiram o apoio para a cria��o de uma Comiss�o Mista da Petrobras. Os governistas fizeram o mesmo, ampliando as investiga��es para as a��es da oposi��o
>> Os dois lados recorreram ao Supremo Tribunal Federal e, no fim de abril, foram instaladas as duas comiss�es,
>> Depois de depoimentos que pouco acrescentavam �s investiga��es j� em curso no Minist�rio P�blico Federal e na Pol�cia Federal, surge a den�ncia de que diretores da Petrobras – entre eles, a presidente da estatal, Maria das Gra�as Foster – tiveram acesso antecipado �s perguntas que os parlamentares governistas fariam a eles.
>> O ex-diretor Paulo Roberto Costa prestou depoimento duas vezes aos parlamentares. Na primeira, acrescentou pouco. Na segunda, quando j� estava preso, permaneceu calado durante todo a reuni�o.
>> Outro que compareceu mais de uma vez ao Congresso foi o ex-diretor da Petrobras Nestor Cerver�