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Estado de Minas

Oposi��o v� em etapa da opera��o Lava Jato combust�vel para nova CPI

Congressistas da oposi��o articulam a cria��o de uma comiss�o de inqu�rito no in�cio da pr�xima legislatura, em fevereiro, e aliados do Planalto temem os rumos das investiga��es


postado em 16/11/2014 06:00 / atualizado em 16/11/2014 07:30

Paulo de Tarso Lyra

 

Bras�lia – A deflagra��o da nova fase da Opera��o Lava a Jato, na sexta-feira, praticamente enterrou os esfor�os do governo de evitar que o segundo mandato da presidente Dilma Rousseff seja iniciado com um novo pedido de Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) para investigar a Petrobras. Aliados do Pal�cio do Planalto j� comemoravam o fato de ter conseguido enterrar a atual investiga��o no Congresso e “enrolar” os trabalhos at� a apresenta��o do relat�rio final, em 22 de dezembro. As pris�es do ex-diretor de Servi�os da estatal Renato Duque e de executivos das principais empreiteiras do pa�s demoliram todo o esfor�o pol�tico feito at� o momento.

A principal raz�o para esse novo cen�rio � justamente a pris�o de presidentes, diretores e gerentes das principais empreiteiras do pa�s. “Toda a blindagem que faz�amos a elas caiu por terra. Governo – e at� oposi��o – tinham um acordo t�cito de n�o cham�-los para depor nas comiss�es. Eles pr�prios (os executivos) pressionavam os parlamentares para evitar que isso acontecesse”, disse um aliado de Dilma.

Agora, contudo, com a pris�o de v�rios deles, n�o haver�, na opini�o de integrantes do governo, alternativa para os donos de empreiteiras: eles ter�o de colaborar com as investiga��es em curso. E, para salvar a pr�pria pele, tendem a seguir o mesmo caminho do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, do doleiro Alberto Youssef e dos executivos da Toyo Setal J�lio Camargo e Augusto Mendon�a, que fecharam acordo de dela��o premiada.

Governistas que acompanham os desdobramentos do caso e os trabalhos da CPI Mista da Petrobras lembram que alguns dos executivos resistiam � possibilidade de uma dela��o premiada e que as pr�prias empresas, em grande parte, eram contr�rias ao estabelecimento de acordos de leni�ncia com autoridades que investigam as den�ncias de corrup��o.

“N�o h� d�vidas, o que vir� pela frente ser� um aut�ntico tsunami”, resumiu um petista, temeroso pela turbul�ncia que se avoluma no horizonte. “E um tsunami extremamente violento”, alertou o mesmo parlamentar. Isso porque as empresas envolvidas nas investiga��es, al�m de contratos com diversos setores governamentais – nos planos federal, estaduais e municipais –, financiam praticamente todas as campanhas pol�ticas do pa�s. “Vale para pol�ticos do governo e da oposi��o. Muito cacique que aponta o dedo para n�s deveria come�ar a se preocupar”, disse um aliado palaciano.

A expectativa � de que haja um fim de 2014 e um in�cio de 2015 repletos de dela��es premiadas vazando na imprensa e nas redes sociais, aterrorizando o Congresso e enfraquecendo o in�cio do segundo mandato de Dilma. Incluindo, nesse rol, as declara��es feitas por Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef que est�o sob an�lise do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki. O STF, inclusive, ser� o destino de parte das outras dela��es que envolverem autoridades detentoras de foro privilegiado.

Hostilidade

O cen�rio, que j� n�o � promissor para o Planalto e para Dilma, poder� ser ainda pior, uma vez que o Congresso que tomar� posse a partir de 1º de fevereiro de 2015 tende a ser ainda mais hostil ao governo, sobretudo no Senado. Na sexta-feira, o presidente nacional do PSDB, senador A�cio Neves (MG), j� defendeu, durante ato pol�tico com tucanos paulistas, a cria��o de uma nova CPI para investigar as den�ncias de corrup��o na Petrobras.

A�cio n�o estar� s� nessa empreitada. Candidato a vice na chapa presidencial tucana, o senador Aloysio Nunes Ferreira (SP) j� demonstrou, em bate-bocas intensos com petistas na tribuna da Casa, a disposi��o para perturbar a vida do governo. “Ele � um dos melhores, se n�o o melhor quadro do PSDB hoje. Mas � impressionante como a elei��o o tornou raivoso”, assustou-se um interlocutor palaciano.

Al�m de A�cio e de Aloysio, o Senado ainda ter� os ex-governadores de S�o Paulo Jos� Serra e do Cear� Tasso Jereissatti, al�m dos calouros Antonio Anastasia, que governou Minas Gerais, Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Rom�rio (PSB-RJ). Na C�mara, o governo ainda ter� de lidar com o PMDB, de Eduardo Cunha (RJ), que planeja ser presidente da Casa e vive em atrito com o Planalto desde 2011, quando Dilma desmontou parte do feudo que ele montara no sistema el�trico.


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