As den�ncias de corrup��o na Petrobras, apuradas pela Opera��o Lava a Jato, da Pol�cia Federal, come�aram a respingar no segundo escal�o da companhia. Ontem, a petroleira demitiu um funcion�rio ligado � Diretoria de Engenharia, Tecnologia e Materiais. Ele faz parte de uma lista de 15 empregados suspeitos de irregularidades em contrata��es de obras em refinarias — a maior parte deve ser demitida. Entre os poss�veis exonerados tamb�m estaria Glauco Colepicolo, gerente geral de Engenharia da estatal.
A demiss�o do funcion�rio ligado � Diretoria de Engenharia ocorreu como resultado de investiga��o de uma comiss�o interna da estatal que identificou supostos desvios de recursos em contratos com empreiteiras ligadas �s obras da Refinaria do Nordeste (Rnest), em Pernambuco, e do Complexo Petroqu�mico do Rio de Janeiro (Comperj).
A demiss�o ocorreu enquanto a Pol�cia Federal tomava depoimentos de executivos de empreiteiras presos na �ltima sexta-feira, no mesmo dia da deten��o de Duque, ex-diretor de Engenharia. Alguns suspeitos estariam ligados ao funcion�rio demitido e na lista de demiss�es da empresa, segundo a fonte. “N�o � suspeita de irregularidade, � um passo al�m. Eles j� est�o objetivamente na comiss�o como respons�veis”, afirmou a fonte. Outras demiss�es estariam em curso, ap�s a realiza��o de diversas sindic�ncias internas, entre elas a de Glauco Colepicolo, gerente geral de Engenharia da estatal.
Obra apenas com propina
O advogado M�rio Oliveira Filho, que defende o lobista Fernando Baiano, afirmou ontem que n�o se faz obra p�blica no Brasil sem “acerto” e que quem nega isso “desconhece a hist�ria do pa�s”. Um dos 24 presos na Opera��o Lava a Jato, Baiano se entregou ontem na sede da Pol�cia Federal em Curitiba. O depoimento dele, marcado para ontem, foi adiado para amanh�. “O empres�rio, se porventura faz alguma composi��o il�cita com pol�tico para pagar alguma coisa, se ele n�o fizer isso n�o tem obra. Pode pegar qualquer empreiterinha e prefeitura do interior do pa�s. Se n�o fizer acerto (com pol�ticos), n�o coloca um paralelep�pedo no ch�o”, disse Filho. Apesar da declara��o, ele negou que seu cliente tenha intermediado pagamento de propina em obras da Petrobras.