Al�m do constrangimento da revista vexat�ria, os familiares dos presos enfrentam outras dificuldades para fazer as visitas. Muitas vezes, o preso � transferido sem que a fam�lia seja comunicada. “J� aconteceu de eu chegar para visitar e ele ter sido transferido”, diz uma jovem de 38 anos, companheira de um preso detido no pres�dio Inspetor Jos� Martinho Drumond, em Ribeir�o das Neves, que preferiu n�o se identificar. L�, segundo ela, funciona um scanner corporal, mas ele n�o dispensa a revista vexat�ria em caso de visita �ntima. “Eu j� desisti da visita �ntima por causa desse procedimento. � muita humilha��o ter suas partes intimas vasculhadas.”
Quem chega para as visitas com roupas e sapatos proibidos tem de alugar uma pe�a nas barracas montadas perto dos pres�dios. Os pre�os variam de R$ 3 a R$ 10, dependendo do local, e as pe�as quase sempre s�o imundas, segundo relatam os visitantes. Nesses locais, tamb�m funcionam guarda volumes improvisados em sacos, cujo aluguel custa R$ 3. Um dos administradores desse neg�cio � Ant�nio Gomes, 65 anos, que esteve preso durante 27, parte deles na Penitenci�ria Jos� Maria Alckmin, em Ribeir�o das Neves, por furto e tr�fico. Anna Eliza Faleiro, 29 anos, advogada e militante da Pastoral Carcer�ria, alerta que a manuten��o do vinculo familiar � um dos principais caminhos de ressocializa��o do preso. “A fam�lia � fundamental para reintegra��o, mas ele n�o pode marchar cadeia com o preso”, diz a jovem, usando uma express�o cunhada nos pres�dios.