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Estado de Minas

Novatos articulam bloco por influ�ncia em decis�es na Assembleia

Deputados estaduais que v�o cumprir o seu primeiro mandato articulam a forma��o de um grupo na Casa na tentativa de exercer alguma influ�ncia nas decis�es da Legislativo mineiro


postado em 01/12/2014 06:00 / atualizado em 01/12/2014 07:28

Eles est�o em primeiro mandato e chegam � Assembleia Legislativa em partidos nanicos – um deles, com a menor vota��o entre os eleitos da legislatura que ser� empossa em 1º de fevereiro. Nem por isso deixam de sonhar alto. Querem um mandato que consolide a carreira pol�tica – o que depende sobretudo da possibilidade de alavancar recursos para projetos em suas bases eleitorais, mas tamb�m da presen�a em espa�os que garantam visibilidade no Legislativo, como as comiss�es tem�ticas e lideran�as de blocos de parlamentares. Para isso j� foi lan�ada a semente de mais um bloco na Assembleia Legislativa: o dos novatos.

Em articula��o dos deputados “veteranos” Fred Costa (PHS), Anselmo Jos� Domingos (PTC), Fabiano Tolentino (PPS) e Deir� Marra (PR), oito novos se juntam: Arlete Magalh�es (PTN), Roberto Andrade (PTN), Glaycon Franco (PTN), L�o Portela (PR), Arnaldo (PR), Douglas da Musirama (PSC), Noraldino (PSC) e, com a lanterna na m�o, Dirceu Ribeiro (PHS), eleito com apenas 25.394 votos, o menor score de popularidade da nova Casa.

“Queremos formar um bloco com novatos e pequenos para ganharmos influ�ncia dentro do Legislativo”, afirma Fred Costa, em refer�ncia ao fato de que um grupo de 16 parlamentares constitui um bloco com algumas prerrogativas. Entre elas, est� a indica��o de presid�ncias de comiss�o, de um l�der e de um vice-l�der que passam a integrar o col�gio de l�deres, onde � decidida a pauta e s�o negociadas as vota��es. “Se n�o alcan�armos o n�mero m�nimo para um bloco, seremos pelo menos um grupo, que vai agir de forma independente”, acrescenta ele.

“Agir de forma independente” – este � o primeiro passo para a ades�o � base de sustenta��o do Pal�cio Tiradentes no Legislativo. Para muitos, n�o ser� tarefa desconfort�vel. � o caso de Dirceu Ribeiro, de 70 anos, 30 dos quais no comando do Cart�rio de Registro de Im�veis de Ub�. “Sou aquilo que o povo pediu: trabalhador por Ub�. N�o vou fazer oposi��o a ningu�m. Vou fazer oposi��o a quem n�o me jogou pedra durante a elei��o? Quem fez contra mim foi o atual governo, que uniu um grupo na cidade para me derrotar l�”, afirma Dirceu Ribeiro. “Magoado” com o jogo pol�tico-eleitoral, ele reclama que tr�s candidatos apoiados pelo governo do estado “aterrissaram” em sua cidade, disputando votos. “Por essas raz�es a nossa regi�o est� abandonada e sem for�a pol�tica. Desde a d�cada de 90 n�o temos um deputado eleito por Ub�”, diz Ribeiro, em refer�ncia ao ex-deputado estadual Ibrahim Jacob, que pelo PDT assumiu cadeira no Legislativo estadual entre 1991 e 1999. Segundo Ribeiro, v�rios grupos pol�ticos da cidade se uniram para reconquistar um assento na Assembleia. Foi em Ub� onde Ribeiro conquistou a maior parte dos seus 25.394 votos, 5.788 a menos do que obteve Fabiano Tolentino (PPS) em 2010, quando tamb�m com a menor vota��o foi o �ltimo a conquistar uma cadeira, pelo PRTB.

Se � verdadeiro o ditado de que os �ltimos ser�o os primeiros, pelo menos no que diz respeito �s duas �ltimas elei��es para a Assembleia Legislativa, os menos votados seguem na carreira pol�tica. Tolentino foi reeleito em 5 de outubro, desta vez com 62.776 votos, pouco mais do que o dobro de sua vota��o em 2010. Tamb�m em 2006, chegava � Casa pela primeira vez o deputado estadual Carlin Moura (PCdoB), com apenas 21.048 votos. N�o s� se reelegeu em 2010, como ainda, em 2012, conquistou a Prefeitura Municipal de Contagem apresentando-se como terceira via � polariza��o entre o PT e o PSDB na cidade. Obviamente, do velho ditado n�o se extrai uma regra. Tanto � que, em 2002, Doutor Ronaldo ganhou uma cadeira na Assembleia com 21.350 votos pelo PV e, nos pleitos de 2006 e de 2010, n�o conseguiu repetir a fa�anha. N�o foi mais deputado estadual. Contentou-se em eleger-se vice-prefeito de Sete Lagoas em 2008. Mesmo sem regra, contudo, uma vez deputado estadual, se bem aproveitada a estrutura oferecida para o mandato, a probabilidade maior � de que venha a reelei��o ou que venham saltos maiores na pol�tica.


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