Sess�o tumultuada na manh� e in�cio da tarde desta quarta-feira no Congresso Nacional para aprovar projeto de lei que muda a Lei de Diretrizes Or�ament�rias (LDO). Se aprovado, as novas regras permitem que a presidente Dilma Roussseff descumpra a meta fiscal deste ano ano. H� quase tr�s horas, quest�es de ordem e discursos inflamados dominam o plen�rio da Casa. O mais exaltado deles partiu do senador A�cio Neves (PSDB) que acusou o governo de comprar a base aliada ao vincular a libera��o dos recursos das emendas parlamentares � aprova��o do projeto de lei que permitir� ao governo aumentar o teto da meta fiscal estipulado pelo pr�prio governo. Ao contr�rio dessa ter�a-feira, manifestantes foram impedidos de lotar as galerias da Casa.
Na chapelaria, entrada principal do Legislativo, cerca de 50 pessoas levantam cartazes e bandeiras, gritando “queremos entrar” e “abaixo a ditadura”. Os manifestantes come�aram h� pouco a fazer um apita�o. Policiais militares est�o posicionados na entrada da C�mara dos Deputados e do Senado para refor�ar a seguran�a da Pol�cia Legislativa.
O deputado Simpl�cio Ara�jo (SD-MA) deixou a sess�o para tentar tranquilizar os manifestantes, avisando sobre a possibilidade de a vota��o do projeto ser adiada para a pr�xima semana. As pessoas, no entanto, mantiveram os gritos de “essa casa � nossa” e “queremos entrar”. O senador A�cio Neves (PSDB-MG) passou pelo grupo de protesto e foi saudado ao entrar no Congresso.
Pol�mica do qu�rum
O Congresso Nacional abriu a sess�o desta quarta-feira com o placar de presen�a da sess�o tumultuada dessa ter�a-feira: 424 deputados e 59 senadores. O deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP) iniciou os trabalhos sob protestos da oposi��o por volta das 10h20 - ou seja, 20 minutos ap�s o hor�rio marcado pelo presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL). Calheiros avisou que vai primeiro apreciar os vetos que trancam a pauta para depois analisar o requerimento de recontagem do deputado Mendon�a Filho (DEM-PE): "O senhor segura a sua excel�ncia que n�s vamos apreciar o seu requerimento".
Ap�s a discuss�o, Renan abriu a recontagem no painel. �s 11h20, havia 188 deputados e 36 senadores no plen�rio. O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) reclamou da aus�ncia de cidad�os nas galerias. 'agora quando � para apagar as digitais da presidente de um crime baixaram as portas. Baixou o esp�rito de Hugo Chaves na presidente", disse ele pedindo o encerramento da sess�o. "Esse Congresso n�o � venezuelano", afirmou.
L�der do Democratas na C�mara, Mendon�a Filho criticou a viol�ncia contra os manifestantes nas galerias de ontem, que acabou interrompendo a sess�o para a vota��o do projeto de lei e solicitou a verifica��o de presen�a porque alegou que n�o havia qu�rum para a reabertura hoje.
“Mais uma vez o governo n�o faz a maioria aparecer e quer ganhar no grito”, disse Mendon�a Filho solicitando o encerramento da sess�o por falta de qu�rum m�nimo no momento, que eram 257 deputados e 41 senadores. Ele apelou para o bom senso de Chinaglia. “N�o se contamine com esse autoritarismo, deputado”, emendou.
O deputado petista manteve sua posi��o alegando que a sess�o poderia ser reiniciada porque, ontem, ela n�o foi encerrada. “O qu�rum foi conquistado ontem. Como a sess�o foi suspensa, ele est� mantido. Estamos dando continuidade � sess�o de ontem”, alegou. “N�s n�o temos qu�rum. Por favor encerre a sess�o”, reiterou Mendon�a Filho. O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) tamb�m pediu a palavra e reivindicou a recontagem no painel.
Com nforma��es de Rosana Hessel e Ag�ncia Brasil