Militares repudiam e ONU apoia relat�rio da Comiss�o da Verdade

Bras�lia – O Clube Militar, entidade que congrega integrantes das For�as Armadas, rebateu, em nota oficial, o resultado produzido pela Comiss�o Nacional da Verdade (CNV). Classificando o colegiado como “esp�rio”, a organiza��o afirmou que “o relat�rio s� poderia ser uma cole��o de meias verdades, cal�nias e mentiras inteiras, embaladas com peda�os de verdade cuja divulga��o confirma a orienta��o socialista dos comiss�rios”.

A nota questiona a parcialidade do material produzido e diz que o documento apresentado � requentado. “Tratando-se de entidade que alterou a seu bel-prazer sua miss�o, o objeto da lei e o prazo em que ocorreram os fatos a investigar, tudo atrav�s de decis�es internas, legislando em causa pr�pria sem que os poderes desrespeitados reagissem, perdeu, na origem, a imparcialidade que devia orientar seus trabalhos e, consequentemente, sua credibilidade.”

Os militares alegam que “quanto aos angelicais terroristas, merecem toda a prote��o e indeniza��es criadas ou a criar”. Tamb�m criticam a CNV por n�o fazer “refer�ncia � a��o dos terroristas, guerrilheiros, sequestradores e assassinos esquerdistas que tentavam tomar o poder � for�a e estabelecer, no pa�s, um governo totalit�rio comunista de modelo sovi�tico, chin�s ou cubano”.

‘CICATRIZES’ O alto-comiss�rio para direitos humanos da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU), Zeid Ra’ad Al Hussein, defendeu nessa quarta-feira que “n�o deveria haver impunidade” em rela��o a crimes contra a humanidade, como os admitidos no relat�rio da CNV. Ele parabenizou o Brasil pela iniciativa. “Poucos pa�ses admitir�o que seus aparatos estatais foram usados para praticar tortura, e muitos negar�o sem embara�o – at� mesmo quando os fatos foram bem documentados por �rg�os internacionais de direitos humanos, e as cicatrizes s�o vis�veis demais nas v�timas que conseguiram escapar”, diz trecho do texto
O secret�rio-geral da ONU, Ban Ki-moon, tamb�m parabenizou o Brasil pelo relat�rio. Em mensagem enviada aos membros do colegiado, o representante disse que “as Na��es Unidas encorajam e apoiam esfor�os em todo o mundo para desvendar os fatos que envolvem grandes viola��es dos direitos humanos e da lei humanit�ria internacional e promovem a justi�a e a repara��o”. Ki-moon afirmou ainda que “todas as v�timas t�m o direito de saber a verdade sobre as viola��es que sofreram”. (Com AP)