Rio - Entidades de defesa dos direitos humanos avaliam que o resultado das investiga��es da Comiss�o Nacional da Verdade n�o deve se limitar �s conclus�es do relat�rio divulgado nessa quarta-feira, 10. Para a presidente do Grupo Tortura Nunca Mais do Rio de Janeiro, Victoria Grabois, o trabalho do grupo n�o avan�ou em rela��o aos mortos e desaparecidos no regime militar e cobrou que a presidente Dilma Rousseff determine a abertura dos arquivos militares da �poca.
"A presidente chorou... N�o quero choro, quero a��o. Ela devia ter a
Segundo Victoria, que reconheceu s� ter lido o primeiro volume do trabalho, a comiss�o errou ao n�o fazer a conex�o entre a viol�ncia da ditadura com a de hoje. "Porque o aparato repressivo ainda n�o foi desmantelado totalmente", afirmou.
Miss�o
J� a diretora do programa para o Brasil do Centro pela Justi�a e Direito Internacional (Cejil), Beatriz Affonso, pediu que os membros da CNV encaminhem o relat�rio �s autoridades, para apura��o dos crimes. "Acho que � importante que essa miss�o n�o termine aqui", declarou.
"Existe um trabalho pol�tico. O mandato para investigar e para publicar termina dia 16. Mas o mandato para fazer desse relat�rio um instrumento de Justi�a de Transi��o vai caber aos comissionados. E a sociedade civil espera que se o Poder Executivo de fato n�o vai fazer uma entrega p�blica �s autoridades competentes que devem investigar, que os comissionados honrem suas hist�rias de defesa de direitos humanos, e o fa�am." Beatriz contou j� ter visto relat�rios de comiss�es da verdade de outros pa�ses e elogiou o trabalho brasileiro. "Me surpreendeu."
Ela tamb�m considerou "interessante" a tabela que ajuda na vincula��o dos envolvidos aos casos de viola��o. "Isso vai trazer um constrangimento interessante. A� de qualquer jeito eles v�o al�m dos grandes nomes. A gente sempre teve acesso aos mandantes, n�o � cadeia de comando. Se o Minist�rio P�blico resolver trabalhar, consegue a cadeia de comando. Chega a um n�mero muito maior de militares."