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Estado de Minas

Empreiteiro envolvido na Opera��o Lava-Jato chama propina de extors�o

Executivo preso na Lava-Jato afirma que empresas citadas na opera��o foram coagidas a participar de esquema de desvio de recursos para irrigar partidos


postado em 23/01/2015 06:00 / atualizado em 23/01/2015 07:26

Bras�lia – As den�ncias contra pol�ticos suspeitos de integrarem o esquema de corrup��o na Petrobras come�aram a ganhar mais subst�ncia com as revela��es do empreiteiro Gerson de Mello Almada, da empresa Engevix, preso na s�tima fase da Opera��o Lava-Jato. Almada disse que as empresas envolvidas no esc�ndalo foram “extorquidas” pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e que a estatal foi usada para a “gera��o de montantes” destinados a comprar o apoio dos partidos pol�ticos que integram a base aliada do governo federal.


 A peti��o, que � uma resposta �s acusa��es do Minist�rio P�blico contra as empreiteiras feita em novembro, � o primeiro documento produzido por um representante das empresas citado na Lava-Jato a relacionar o esquema de corrup��o na estatal com o pagamento a partidos aliados – segundo Almada, an�logo ao ocorrido no mensal�o, descoberto em 2005. O documento nega ainda que tenha havido cartel entre as empresas. “O pragmatismo nas rela��es pol�ticas chegou, no entanto, a tal dimens�o que o apoio no Congresso Nacional passou a depender da distribui��o de recursos a parlamentares”, diz um trecho da pe�a, protocolada pelo advogado Ant�nio Sergio de Moraes Pitombo na quarta-feira.

Almada est� preso preventivamente em Curitiba desde 14 de novembro. Ele � acusado de participar de um cartel criado para superfaturar obras que tinham como cliente a Petrobras. No s�bado, a Justi�a Federal no Paran� negou o terceiro pedido de habeas corpus de Almada.

O texto diz ainda que Paulo Roberto Costa e os demais integrantes do esquema coagiram as empreiteiras, amea�ando-as. “Nessa combina��o de interesses escusos, surgem personagens como Paulo Roberto Costa, que, sabidamente, passou a exigir percentuais de todos os empres�rios que atendiam a companhia. Leia-se, exigir. O que ele fazia era amea�ar, um a um, aos empres�rios, com o poder econ�mico da Petrobras. Prometia causar preju�zos no curso de contratos”, diz outro trecho.

Procurado, o escrit�rio Moraes Pitombo advogados disse que n�o comentaria a pe�a. O Pal�cio do Planalto tamb�m n�o quis se pronunciar.Sob condi��o de anonimato, um deputado da base governista que participou da CPI Mista da Petrobras, encerrada em 2014, rebateu as acusa��es das empreiteiras. “Como � que algu�m pode ser coagido a ganhar dinheiro em obra superfaturada? Se houve pagamento de propina, houve tamb�m o proveito para as empresas”, disse. J� o l�der do PPS, deputado Rubens Bueno (PR), criticou a postura de todos os envolvidos no caso. “Ningu�m � anjo nessa hist�ria. Todo mundo sabe que, para fechar os contratos nessas obras superfaturadas, se pagava propina em proveito do PT, que ficava com o percentual maior, e dos partidos da base aliada. Agora, eles come�am a dizer o que j� sabiam desde o come�o, porque n�o d� para negar”, comentou Bueno.

Pilhagem

Mesmo admitindo indiretamente o pagamento de propina, a peti��o descreve Gerson Almada como “testemunha ocular do poss�vel maior estratagema de pilhagem de recursos p�blicos visto na hist�ria recente”, ao lado dos demais empres�rios investigados na Lava-Jato. Ao negar que tenha havido forma��o de cartel – tal como apontado nos depoimentos da dela��o premiada de Paulo Roberto Costa, os advogados sustentam que o �nico v�nculo entre as empresas � o fato de todas terem sido coagidas pelo ex-dirigente da estatal. “Almada comp�e, t�o s�, o grupo de pessoas que pecaram por n�o resistirem � press�o realizada pelos porta-vozes de quem usou a Petrobras para obter vantagens indevidas para si e para outros bem mais importantes na Rep�blica Federativa do Brasil”, diz trecho da defesa do empreiteiro.

Sim de US$ 1,5 milh�o

O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa revelou � Pol�cia Federal que recebeu do lobista Fernando Soares, descrito como operador do PMDB, um total de US$ 1,5 milh�o para “n�o causar problemas” em uma reuni�o que iria definir a compra, pela Petrobras, da Refinaria de Pasadena, no Texas (EUA). Costa disse que a refinaria era “muito velha” e necessitava de obras de moderniza��o que custariam at� US$ 2 bilh�es. Assim, seria “previs�vel” que ele “fosse apresentar uma obje��o � compra”. A aquisi��o, acertada em 2006, e que acabou custando � estatal cerca de US$ 1,18 bilh�o, tamb�m foi aprovada pelo Conselho de Administra��o da Petrobras, na �poca presidido por Dilma Rousseff. Costa disse ainda que “havia boatos na empresa de que o grupo de Cerver�, incluindo o PMDB e Baiano, teria dividido entre US$ 20 milh�es e US$ 30 milh�es, recebidos provavelmente da Astra”.

 


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