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Estado de Minas

Juiz manda suspender Opera��o Lava Jato

Justi�a suspende por dois meses a��o contra os parentes do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Eles s�o acusados de destruir provas e de lavagem de dinheiro


postado em 26/01/2015 06:00 / atualizado em 26/01/2015 18:15

Acordo de delação premiada de Paulo Roberto Costa homologado no STF incluiu a colaboração de familiares (foto: Uerslei Marcelino/Reuters)
Acordo de dela��o premiada de Paulo Roberto Costa homologado no STF incluiu a colabora��o de familiares (foto: Uerslei Marcelino/Reuters)

Bras�lia –
O juiz federal S�rgio Moro determinou a suspens�o por 60 dias da a��o penal contra os parentes do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa em fun��o das negocia��es para dela��o premiada. A decis�o � resposta a um pedido do Minist�rio P�blico Federal (MPF) no Paran�. As duas filhas de Costa, Arianna e Shanni Costa, e os dois genros, Marcio Lewkowicz e Humberto Sampaio de Mesquita, s�o acusados de “obstruir as investiga��es” durante o cumprimento das buscas e apreens�es no escrit�rio do ex-diretor.

O despacho, assinado por Moro na quinta-feira, explica que o MPF pediu a suspens�o porque os acordos de dela��o premiada feitos pelos quatro parentes ainda n�o foram homologados pela Justi�a. “Intimado a se manifestar, o Minist�rio P�blico Federal enfatizou que os acordos de colabora��o entre esse �rg�o e as filhas e genros de Paulo Roberto Costa possivelmente refletir�o no presente feito (processo), requerendo a suspens�o da presente a��o penal por 60 dias”, escreveu o juiz.

A den�ncia do MPF diz que o ex-diretor ordenou aos parentes que fossem ao escrit�rio de sua empresa Costa Global Consultoria, no Rio de Janeiro, antes de a Pol�cia Federal chegar ao local, e retirassem materiais que poderiam comprovar os crimes investigados pela Lava Jato. A a��o ocorreu em 17 de mar�o do ano passado, quando foi deflagrada a primeira fase da opera��o, que teve Paulo Roberto Costa como um dos presos.

Os parentes do ex-diretor foram flagrados por c�meras de seguran�a do local. As imagens mostram os quatro entrando e saindo da empresa com sacolas e mochilas, enquanto Costa prestava depoimento sobre o esquema de lavagem de dinheiro. De acordo com as investiga��es, os parentes ainda ajudaram Costa a abrir contas para esconder recursos desviados da Petrobras. A conta, aberta na Su��a, tinha saldo de US$ 2,8 milh�es. A dela��o premiada de Costa j� foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o que lhe garantiu sair da cadeia em Curitiba para cumprir pris�o domiciliar.

DEPOIMENTO

Preso na sede da Pol�cia Federal em Curitiba, o ex-diretor da �rea Internacional da Petrobras Nestor Cerver� presta depoimento sobre a compra da refinaria de Pasadena, no Texas, hoje. Segundo a defesa dele, Cerver� “ser� contundente” ao responsabilizar o Conselho de Administra��o da Petrobras pelo neg�cio, fechado em 2006, que, de acordo com o Tribunal de Contas da Uni�o (TCU), causou preju�zo de US$ 792 milh�es � empresa. Ao justificar seu voto favor�vel � compra da refinaria, na �poca em que presidia o conselho da petrol�fera, a presidente Dilma Rousseff disse que se baseou em um “parecer falho” feito por Cerver�.

Na semana passada, foi divulgado trecho de um dos depoimentos de Paulo Roberto Costa � Pol�cia Federal em que ele diz que Cerver� pode ter recebido entre US$ 20 milh�es e US$ 30 milh�es de propina no processo de compra de Pasadena. Costa admitiu ter recebido US$ 1,5 milh�o para “n�o atrapalhar” o neg�cio.

Youssef sem recompensa

O Minist�rio P�blico Federal no Paran� divulgou ontem nota na qual afirma que o acordo de dela��o premiada firmado com Alberto Youssef na Opera��o Lava Jato n�o prev� “recompensa” para o doleiro pelo recessarcimento � Uni�o de valores desviados por Youssef. A defesa do doleiro, preso desde mar�o do ano passado na Superinted�ncia da Pol�cia Federal em Curitiba (PR) e � apontado como operador do esquema, informou na sexta-feira que o acordo de dela��o garantiria ao cliente at� R$ 20 milh�es como “recompensa” pela dela��o premiada. Conforme a Procuradoria da Rep�blica, o acordo estabelece que ser� abatido R$ 1 milh�o do valor da multa aplicada a ele a cada R$ 50 milh�es recuperados.


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