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Estado de Minas

Juiz quer saber por que empreiteiro arrolou pol�ticos para sua defesa


postado em 30/01/2015 17:55

O juiz federal S�rgio Moro, que conduz todas as a��es da Opera��o Lava Jato, determinou � defesa do empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia, que esclare�a os motivos de ter arrolado como testemunhas de defesa numeroso grupo de pol�ticos, alguns pr�ximos da presidente Dilma Rousseff (PT) e do ex-presidente Lula. Em despacho desta sexta-feira, Moro observa que a defesa de Pessoa pediu convoca��o de 22 testemunhas, entre elas o ministro Jaques Wagner (Defesa), o ex-ministro Paulo Bernardo (Comunica��es), o deputado Arlindo Chinaglia, candidato � presid�ncia da C�mara, e Jos� Di Filippi J�nior, ex-tesoureiro das campanhas de Lula e Dilma e atual secret�rio municipal de sa�de de S�o Paulo.

"H� a possibilidade de que tais testemunhas tenham sido arroladas apenas com prop�sitos meramente abonat�rios, o que n�o seria justific�vel pois testemunha � quem sabe fatos relevantes para o julgamento, ou seja, deve ter conhecimento sobre fatos que s�o objeto da imputa��o", adverte o juiz S�rgio Moro.

O juiz da Lava Jato pondera que "a oitiva de agentes p�blicos como ministros, deputados e secret�rios � sempre demorada e dif�cil em vista do procedimento do artigo 221 do C�digo de Processo Penal".

Ricardo Pessoa � apontado pela for�a tarefa da Lava Jato como o 'presidente' do clube vip das empreiteiras que teriam formado cartel para assumir o controle de contratos bilion�rios da Petrobras. Ele est� preso desde 14 de novembro de 2014, sob acusa��o formal de corrup��o ativa, lavagem de dinheiro e organiza��o criminosa.

A reportagem do jornal O Estado de S. Paulo ouviu nesta quinta-feira, 29, diversos pol�ticos arrolados pelo empreiteiro. Chinaglia, por exemplo, disse que n�o sabe os motivos de sua convoca��o.

"Verificando mat�rias jornal�sticas divulgadas na presente data, constato que v�rios (pol�ticos) foram procurados pela imprensa, mas j� declinaram nada saber sobre os fatos delitivos", alerta o juiz da Lava Jato. "Deve-se ademais prevenir a eventual utiliza��o do processo judicial como forma de gerar constrangimento desnecess�rio a agentes p�blicos, o que � sempre uma possibilidade, especialmente em casos rumorosos."

Em seu despacho, o magistrado d� prazo de cinco dias para a defesa de Ricardo Pessoa esclarecer os motivos da convoca��o dos pol�ticos ou o empreiteiro perder� o direito de se manifestar no processo.


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