O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse nesta ter�a-feira (24) que pretende avan�ar na reforma pol�tica, mesmo que ela saia do papel "fatiada", de proposta em proposta. Ele lembrou que h� no Senado dez proposi��es sobre mudan�as no sistema pol�tico brasileiro prontas para vota��o em plen�rio.
Para uma plateia de especialistas e parlamentares, o presidente do Senado defendeu a ado��o de um teto para doa��es de campanhas eleitorais, a elei��o majorit�ria para deputados, al�m de crit�rios m�nimos para que partidos tenham acesso a recursos do fundo partid�rio e tempo de r�dio e televis�o.
Essa n�o � a primeira vez que o Senado promove uma sess�o tem�tica sobre reforma pol�tica. O primeiro debate nesses moldes, realizado em agosto de 2013, foi motivado pelas manifesta��es populares de junho do mesmo ano. � �poca a ent�o presidenta do Tribunal Superior Eleitoral, ministra Carmem L�cia, esteve ao Senado. Desta vez, al�m do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, foram convidados o cientista pol�tico Murillo de Arag�o e o diretor-executivo da ONG Transpar�ncia Brasil, Cl�udio Abramo.
Murillo de Arag�o, que tamb�m preside a Arko Advice Pesquisas, defendeu que o Congresso Nacional limite gastos de campanhas eleitorais. Segundo ele, o debate sobre as formas de financiamento deve se concentrar no teto de despesas e no de doa��es, como forma de conter a influ�ncia do poder econ�mico nas elei��es.
J� o diretor da ONG Transpar�ncia Brasil, Cl�udio Abramo, condenou a influ�ncia do poder pol�tico na nomea��o de cargos p�blicos. Para ele, a prerrogativa que chefes de executivos e de l�deres pol�ticos t�m para indicar e nomear pessoas para cargos p�blicos � um problema, j� que “permite a coopta��o dos partidos e a coniv�ncia com a m� gest�o e a corrup��o”.