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Estado de Minas

Acusado de operar propina em nome da Odebrecht informa que mora na Su��a


postado em 25/02/2015 16:19 / atualizado em 25/02/2015 16:57

A defesa do doleiro Bernardo Freiburghaus, suspeito de ter aberto e operado contas no exterior para o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa - entre elas a que serviu para recebimento de US$ 23 milh�es da construtora Norberto Odebrecht - informou � Pol�cia Federal que est� na Su��a.

Freiburghaus foi um dos alvos da nova fase da Lava-Jato, batizada de Opera��o My Way, deflagrada no dia 5. O doleiro foi um dos investigados que teve mandado de condu��o coercitiva decretado pela Justi�a Federal. A Pol�cia Federal esteve nos endere�os indicados nos mandatos, mas n�o encontrou o doleiro nem sua empresa.

O doleiro � dono da Diagonal Investimentos, com sede do Rio. Na peti��o entregue � Pol�cia Federal no dia 13 e anexada aos autos da Lava Jato ontem, 24, a defesa do doleiro disse que ele mora atualmente em Genebra, na Su��a, e demonstrar� "oportunamente que nenhuma ilegalidade praticou".

Na peti��o, a defesa do doleiro apontou ainda o novo endere�o da Diagonal no Rio. "Embora esteja funcionando de forma prec�ria, tendo em vista a expressiva diminui��o de seus clientes, a empresa est� regulamente constitu�da no endere�o acima declinado", afirma a advogada do doleiro Fernanda Silva Telles.

Segundo a criminalista, em 13 de fevereiro, "ap�s tomar conhecimento de que foi procurado para prestar esclarecimentos sobre os fatos" investigados, Freiburghaus "protocolou, via internet, peti��o informando que � cidad�o su��o" e informou seu atual endere�o, em Genebra, "onde poder� ser notificado".

O ex-diretor de Abastecimento afirmou em sua dela��o premiada, em setembro do ano passado, que a empreiteira Odebrecht, que est� na mira das novas etapas da for�a-tarefa da Lava Jato, fez dep�sitos de propinas "a cada dois ou tr�s meses" em suas contas no exterior entre 2008 e 2013. Os pagamentos seriam fruto de uma "pol�tica de bom relacionamento" da empresa com o ex-diretor.

Costa foi um dos homens fortes dos quadros da Petrobras at� 2012, quando se aposentou. Depois disso, montou a Costa Global, empresa que usava para consultorias e recebimentos das propinas pendentes. Os repasses totalizaram ao menos US$ 31,5 milh�es at� 2012, segundo o delator.

Costa afirma que os pagamentos em suas contas na Su��a n�o tinham rela��o com as propinas repassadas a partidos pol�ticos. Segundo descobriu a Lava Jato, PT, PMDB e PP cobravam de 1% a 3% do total dos contratos de empreiteiras, por meio de diretores indicados politicamente aos cargos.

Executivo


O ex-diretor de Abastecimento afirma que os valores pagos via Freiburghaus come�aram a ser realizados por sugest�o do diretor da Odebrecht Plantas Industriais Rog�rio Ara�jo. O executivo teria indicado o doleiro su��o que tinha base no Rio para operar esse contato com o banco na Europa.

Costa afirmou ter ouvido de Ara�jo, em uma reuni�o que teve com ele, a seguinte frase: "Paulo, voc� � muito tolo, voc� ajuda mais os outros do que a si mesmo. E em rela��o aos pol�ticos que voc� ajuda, a hora que voc� precisar de algum deles, eles v�o te virar as costas."

No depoimento, o ex-diretor da estatal detalha como era a opera��o das contas, que ficavam a cargo de Freiburghaus, com quem Costa diz que se encontrava a cada dois meses para conferir os extratos. As reuni�es aconteceram na sede da Diagonal, no Rio, ou mesmo na Costa Global, duas empresa de consultoria.

Segundo o delator, ap�s os encontros, os extratos eram destru�dos e o ex-diretor n�o ficava com nenhum documento. Costa relatou ainda que o operador cobrava um valor fixo pelos servi�os e rotineiramente alterava as contas para apagar rastros identific�veis por autoridades.

Freiburghaus considerava importante, "de tempos em tempos, haver alguma mudan�a" nas contas, afirmou o ex-diretor de Abastecimento.

Apesar de n�o entrar para a cota do partido - Costa era o indicado do PP no esquema -, a propina paga pela Odebrecht via Freiburghaus era relativa aos contratos que a construtora obteve nas obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, e do Complexo Petroqu�mico do Rio de Janeiro (Comperj).

Costa disse que apenas Ara�jo, o operador e seus familiares sabiam das contas no exterior. Ele sequer mantinha as senhas das contas, que ficavam com Freiburghaus. O dinheiro, segundo afirmou o delator, era mantido no exterior como uma reserva "para uso futuro, quando viesse a precisar".

O montante faz parte do dinheiro que o ex-diretor devolveu dentro do acordo de dela��o premiada que fez com a for�a-tarefa da Lava Jato, em troca de redu��o de pena.

Odebrecht

A Construtora Norberto Odebrecht tem negado pagamento de propina a Costa e rela��es il�citas com Freiburghaus.

A empreiteira negou publicamente as acusa��es de Costa e garantiu que n�o fez pagamentos ou dep�sitos para o ex-diretor "nem para qualquer outro executivo ou ex-diretor da estatal".


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