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Estado de Minas

Doleiro diz que entregou dinheiro vivo na casa de Vaccarezza


postado em 11/03/2015 16:49 / atualizado em 11/03/2015 16:57

O doleiro Alberto Youssef afirmou em sua dela��o premiada ter entregue pessoalmente propina na casa do ex-deputado federal e ex-l�der do governo na C�mara, C�ndido Vaccarezza (PT-SP), "umas tr�s ou quatro vezes" a pedido do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Segundo o doleiro, em cada entrega foram repassados R$ 150 mil em esp�cie ao petista.

"Tais entregas ocorreram em S�o Paulo, na casa de Vaccarezza, na Mooca; que, n�o se recorda da �poca em que foram feitas tais entregas e por isso n�o pode vincular tais entregas � campanha de 2010?, afirmou o delator. Segundo o doleiro, o pedido inicial do ex-diretor da Petrobras era de que fossem feitos repasses de R$ 300 mil cada, mas Youssef alegou n�o ter esse dinheiro "em caixa" na �poca.

Apesar de o doleiro n�o ligar os repasses � campanha do petista em 2010, em sua dela��o premiada Paulo Roberto Costa afirmou ter se encontrado com o empres�rio Jorge Luz, no Rio, em "2009 ou 2010?, para tratar de repasses para a campanha do ent�o deputado petista em 2010. Indicado pelo PP � Diretoria de Abastecimento em 2004, Paulo Roberto Costa operacionalizava o esquema de propinas nos contratos da estatal junto com Alberto Youssef. Em sua diretoria, 1% dos valores dos contratos eram destinados ao PP, mas o pr�prio ex-diretor admitiu em sua dela��o ter operacionalizado em algumas ocasi�es o repasse da "cota" da sigla para PT, PMDB e PSDB.

As dela��es que envolvem Vaccarezza foram encaminhadas ao Supremo Tribunal Federal pelo procurador-geral da Rep�blica Rodrigo Janot em um pedido de abertura de inqu�rito contra o petista por corrup��o passiva e lavagem de dinheiro. No mesmo pedido, Janot tamb�m pede a investiga��o do deputado federal Vander Loubet (PT-MT) que, segundo Youssef disse em sua dela��o, tamb�m recebeu recursos do esquema por meio de intermedi�rios como o ex-ministro do governo Fernando Collor (PTB-AL) e tamb�m investigado na Lava Jato, Pedro Paulo Leoni Ramos.

M�fia do Asfalto


Para justificar que a investiga��o contra Vaccarezza fique no Supremo, onde devem ser investigados apenas os pol�ticos com prerrogativa de foro, Janot lembrou do esc�ndalo da M�fia do Asfalto, esquema de desvio de dinheiro em obras no interior de S�o Paulo desbaratado em 2013 pela Opera��o Fratelli.

Os nomes de Vaccarezza e Loubet apareceram no decorrer das investiga��es do esquema, que tamb�m envolveu a BR Distribuidora, subsidi�ria da Petrobras, na venda de asfalto para prefeituras do interior do Estado. Janot afirmou ainda em sua peti��o que os dois parlamentares tinham influ�ncia nas indica��es de cargos na BR Distribuidora.

Diante disso, o procurador-geral entendeu que "os fatos atribu�dos a ele (Vaccarezza) n�o podem ser apurados e bem compreendidos sem estar associados aos fatos atribu�dos a Vander Lu�s dos Santos Loubet, nem os destes sem os daquele sob pena de impedir a integral apura��o dos fatos, que, no caso concreto, est�o diretamente ligados entre si. O crime deve ser entendido como fen�meno e n�o como fato isolado", assinala Janot.

O pedido de abertura de inqu�rito foi aceito pelo ministro do Supremo Teori Zavascki, relator das a��es da Lava Jato na Corte, e agora a Pol�cia Federal e o Minist�rio P�blico Federal devem dar continuidade �s investiga��es para apurar o envolvimento dos pol�ticos no esc�ndalo.

O ex-deputado recha�ou as alega��es de Youssef e afirmou que o pr�prio Paulo Roberto Costa negou em sua dela��o que tenha mandado o doleiro fazer os repasses. "Tudo isso � mentira, Youssef nunca entregou dinheiro na minha casa, ele diz com riqueza de detalhes que o Paulo Roberto Costa mandou ele entregar e Paulo Roberto diz que � mentira, que n�o mandou entregar", afirmou em entrevista. A reportagem n�o localizou o suposto depoimento de Costa que nega os repasses a Vaccarezza.

"Sou inocente e as acusa��es a mim s�o todas infundadas. Qualquer an�lise mais detida dos depoimentos vai dizer que s�o coisas ditas por terceiros, n�o tem nenhuma liga��o telef�nica, nenhum torpedo, nenhuma testemunha", continuou o parlamentar. As defesas dos acusados de envolvimento no esquema de desvios da Petrobr�s vem insistindo na tese das contradi��es entre os depoimentos dos delatores para fragilizar as investiga��es

O deputado Vander Loubet divulgou nota dizendo que desconhece em quais circunst�ncias seu nome foi envolvido na investiga��o. "O que posso garantir � que minha atua��o pol�tico-parlamentar � pautada pela honestidade, seriedade e responsabilidade, especialmente com a popula��o de Mato Grosso do Sul - que me confia pela quarta vez o mandato de deputado federal."


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