Bras�lia - O pedido da Procuradoria-Geral da Rep�blica para ter acesso a documentos no setor de inform�tica da C�mara foi motivado por depoimento prestado por Luiz Ant�nio Souza da Eira, ex-diretor da �rea de inform�tica da Casa. A a��o foi realizada entre segunda-feira, 4, e ter�a-feira, 5, a como parte das dilig�ncias da Opera��o Lava-Jato em inqu�rito que investiga o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Cunha � suspeito de ter arquitetado a elabora��o de dois requerimentos de informa��es sobre uma empresa contratada pela Petrobras que, segundo dela��o do doleiro Alberto Youssef, teriam sido feitos como forma de press�o para o pagamento de propinas. Os pedidos foram apresentados na C�mara em 2011 pela hoje prefeita de Rio Bonito (RJ), Solange Pereira de Almeida, na �poca suplente de deputado, mas registros eletr�nicos mostram Cunha como autor desses requerimentos.
O presidente da C�mara nega as acusa��es. Solange tamb�m isenta o aliado de envolvimento no caso, mas n�o soube explicar por que pediu informa��es sobre a Mitsui, empresa citada por Youssef e fornecedora de navio-sonda � Petrobras.
Eira foi exonerado do cargo na C�mara um dia ap�s o jornal Folha de S. Paulo revelar que Cunha era o autor dos requerimentos. Esse fato chamou a aten��o dos procuradores. Ao justificar a demiss�o, Cunha sugeriu ser alvo de "repres�lia" por ter alterado a carga hor�ria dos funcion�rios do setor. Ele tamb�m v� nas a��es de Janot "desespero" em querer "provar o que n�o aconteceu".
Agilidade
Logo ap�s o depoimento de Eira, os investigadores se apressaram a pedir ao relator da Lava-Jato no Supremo, ministro Teori Zavascki, autoriza��o para fazer as buscas na C�mara. A autoriza��o foi assinada pelo ministro na tarde de segunda-feira. No in�cio da noite, os procuradores, um oficial de justi�a e t�cnicos da Procuradoria-Geral da Rep�blica foram ao departamento de inform�tica da C�mara cumprir a busca. A a��o prosseguiu pela madrugada de ter�a-feira e foi retomada na tarde seguinte.
O material coletado no departamento de inform�tica foi levado na mesma tarde ao Supremo e enviado na noite de quarta � Procuradoria-Geral.