S�o Paulo - O ex-tesoureiro do PT Jo�o Vaccari Neto, preso na Opera��o Lava-Jato, arrolou como testemunhas de defesa o l�der do partido na C�mara, Sib� Machado (PT/AC), o ex-ministro da Justi�a e ex-governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, e o relator da CPI da Petrobras, deputado Luiz S�rgio (PT/RJ).
A estrat�gia, por�m, esbarrou em uma exig�ncia do juiz S�rgio Moro, que conduz a Lava-Jato. Ele mandou intimar a defesa de Vaccari para que esclare�a, em cinco dias, "se as testemunhas de fato teriam algum conhecimento sobre os fatos delitivos ou se poderiam contribuir de forma relevante para o esclarecimento da verdade".
Moro quer saber os motivos de a defesa arrolar os dois deputados e o ex-ministro da Justi�a. "A oitiva de agentes p�blicos como deputados e governadores � sempre demorada e dif�cil. Al�m disso, tais agentes p�blicos servem a comunidade e n�o se afigura correto dispender o seu tempo, al�m do desse Ju�zo, ouvindo-os sem que haja real necessidade."
Para Moro "h� a possibilidade de que tais testemunhas tenham sido arroladas apenas com prop�sitos meramente abonat�rios, o que n�o seria justific�vel pois testemunha � quem sabe fatos relevantes para o julgamento, ou seja, deve ter conhecimento sobre fatos que s�o objeto da imputa��o".
O juiz da Lava-Jato adverte que "deve-se prevenir a eventual utiliza��o do processo judicial como forma de gerar constrangimento desnecess�rio a agentes p�blicos, o que � sempre uma possibilidade, especialmente em casos rumorosos".
"N�o se trata aqui de exigir que a defesa adiante sua tese, mas pelo menos, a fim de n�o comprometer o tempo �til deste Ju�zo e das referidas autoridades p�blicas, que pelo menos esclare�a se elas t�m ou n�o conhecimento relevantes sobre os fatos que constituem o objeto da imputa��o", assinala o juiz S�rgio Moro.