S�o Paulo - Apontado como um dos principais 'laranjas' que operava as contas do doleiro Alberto Youssef na Su��a, o executivo Jo�o Proc�pio Junqueira Pacheco de Almeida Prado deve firmar na pr�xima segunda-feira, 11, um acordo de colabora��o com o Minist�rio P�blico Federal para que sejam repatriados US$ 1,9 milh�o de empresas controladas por ele no pa�s europeu e que est�o bloqueados pelas autoridades su��as.
No caso de Jo�o Proc�pio, o acordo que vem sendo negociado entre sua defesa e a for�a-tarefa da Lava-Jato prev� que ele e seus familiares abram m�o dos valores mantidos nas contas das offshores Santa Clara Private Equity LLP, Santa Tereza Services LP, Elba Services Ltd., Aquila Holding Ltd., Aquila Worldwide LLP e Savoy Trading & Financial Servies Pte LTD, utilizadas pelo grupo de Youssef para lavar dinheiro no exterior. A iniciativa faz parte de um dos compromissos assumidos por Jo�o Proc�pio para deixar a pris�o em fevereiro deste ano.
Pelo acordo em negocia��o, Jo�o Proc�pio, que � r�u em duas a��es penais da Lava-
Jato, se compromete ainda a devolver estes valores aos cofres p�blicos "independente do desfecho da a��o penal ou de eventual a��o c�vel", isto �, mesmo que ele n�o venha a ser condenado. Em contrapartida, o Minist�rio P�blico Federal se compromete a pedir a redu��o de 1/6 da eventual pena de Jo�o Proc�pio na a��o penal que for julgada primeiro.
Diferente dos acordos de dela��o premiada firmados at� aqui, contudo, nas negocia��es com o MPF Jo�o Proc�pio se compromete apenas com a repatria��o dos valores mantidos na Su��a - e n�o ficar� obrigado a dizer a verdade nem a confessar nenhum fato relacionado �s investiga��es da Lava-Jato. Tampouco, o r�u se compromete a abrir m�o de recorrer nas a��es em que � julgado.
Por n�o envolver a obriga��o de confessar crimes e detalhar fatos, o acordo n�o precisaria ser homologado pelo juiz S�rgio Moro para come�ar a valer. Preso preventivamente em julho de 2014 na Lava-Jato, Jo�o Proc�pio deixou a carceragem da PF em fevereiro de 2015 ap�s se comprometer a fechar todas as contidas mantidas no exterior e ajudar na repatria��o do dinheiro mantido por ele na Su��a.