
O presidente do Senado, Renan Calheiros, voltou a criticar nesta quarta-feira o ajuste fiscal do governo dizendo que as medidas penalizar�o os mais pobres e v�o provocar o esvaziamento dos munic�pios. Discursando para uma plateia de prefeitos e vereadores que participam da 18ª Marcha dos Prefeitos, em Bras�lia, Renan defendeu mudan�as no pacto federativo como forma de descentralizar a divis�o de recursos entre todos os entes.
“Ontem (27) votamos a primeira medida provis�ria do ajuste fiscal que sequer podemos chamar de ajuste fiscal, mas facilmente poderia ser chamado de empuxo fiscal, porque penaliza o pobre, porque desmonta a renda, os sal�rios”, discursou o presidente do Senado.
Segundo o peemedebista, as medidas do governo ter�o impacto negativo, sobretudo, nos pequenos munic�pios, que dependem dos recursos da Previd�ncia e dos programas socais. “N�o tenho nenhuma d�vida que esse corte trabalhista, que esse corte previdenci�rio vai, sobretudo, punir o bolso do trabalhador, os mais pobres e esvaziar os munic�pios que n�o t�m receitas pr�prias e ter�o mais dificuldades para sobreviver”.
Para o presidente do Senado, o ajuste fiscal deveria “cortar na pr�pria carne”, diminuindo o n�mero de minist�rios e de cargos comissionais. “Precisamos de um ajuste fiscal que diminua o tamanho do Estado, que acabe com essa excresc�ncia de ter 39 minist�rios esvaziados, sem recursos e mais de 100 mil cargos comissionados, enquanto os programas s�o atrasados e muito deles n�o s�o repassados.”
Ao lado do presidente da C�mara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Renan criticou a centraliza��o de poder da Uni�o e defendeu o fortalecimento do Poder Legislativo como forma de valorizar o pacto federativo.
“Estamos vivendo nesse momento o fortalecimento do Poder Legislativo, que tem como consequ�ncia o fortalecimento da federa��o e a invers�o do que est� acontecendo que � o esvaziamento dos munic�pios que, do ponto de vista das sua economias, est�o cada vez mais esvaziados, porque h� um centralismo absurdo do poder central que quer abocanhar os recursos e os investimentos dos munic�pios.”
Com Ag�ncia Brasil
