(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Prefeito de Patroc�nio do Muria� consegue a��o na Justi�a e despeja vereadores

C�mara funcionava no mesmo pr�dio do Executivo. Futura sede do Legislativo � inc�gnita


13/06/2015 06:00 - atualizado 13/06/2015 09:42

Prédio de dois andares abrigava a prefeitura e a câmara. Móveis do Legislativo foram parar na calçada(foto: Silvan Alves/Divulgação)
Pr�dio de dois andares abrigava a prefeitura e a c�mara. M�veis do Legislativo foram parar na cal�ada (foto: Silvan Alves/Divulga��o)
Nove vereadores da C�mara Municipal do Patroc�nio de Muria�, na Zona da Mata mineira, est�o sem lugar para trabalhar. Eles foram despejados do segundo pavimento da prefeitura a pedido do prefeito da cidade, Pablo Em�lio Correa (PPS), Pablo da Laninha, que conseguiu na Justi�a a ordem de despejo na quinta-feira. Ele alegou na a��o que precisava de espa�o para “expandir os arquivos da prefeitura”, que funciona em um pr�dio de dois andares. Documentos e mobili�rio da antiga sede do Legislativo – uma �rea de 112 metros quadrados, que abrigava o plen�rio, uma sala para a secretaria e um banheiro – est�o agora na casa do presidente da C�mara, vereador Paulo Roberto Campos de Morais (Pros).

At� ontem ainda era uma inc�gnita o local da futura sede do Legislativo, onde os vereadores passar�o a fazer as tradicionais reuni�es semanais, que ocorrem sempre �s segundas-feiras. “N�o sei”, limitou-se a responder o prefeito. “Um engenheiro vai fazer a reestrutura��o do espa�o”, disse.

Ainda atordoado com o despejo, o presidente da C�mara disse que tamb�m n�o tem a menor ideia para onde vai trabalhar. “Isso � algo inusitado. Nunca ouvi falar de algo nem parecido”, reclamou o vereador. Segundo ele, a iniciativa de Correa tem a ver com uma rixa pol�tica provocada por suspeitas de irregularidades cometidas pelo prefeito e que os vereadores v�m tentando investigar por meio de comiss�es parlamentares de inqu�rito (CPIs). “N�o � verdade. S�o apenas acusa��es que eles (vereadores) n�o conseguiram comprovar”, reagiu o chefe do Executivo ao ser indagado sobre o assunto.

Eleito em 2012, o prefeito ficou afastado do cargo por seis meses, a partir de novembro de 2013. O motivo do afastamento, determinado por decis�o judicial, foi uma a��o na qual ele � acusado de improbidade administrativa. Pablo Correa conseguiu voltar ao cargo por meio de liminar. Pesa contra ele den�ncia de repasse irregular de verbas da merenda escolar para um mercado da cidade. Segundo o Minist�rio P�blico (MP), o prefeito teria feito pagamento por alimentos que nunca foram entregues ou em quantidades superiores. Al�m disso, segundo a den�ncia, ele teria inclu�do nas despesas pagas com recursos do Programa Nacional de Alimenta��o Escolar (Pnae) gastos com carnes como contrafil�, alcatra e ch� de dentro, sendo que para os alunos era servido ac�m, m�sculo, coxa de frango e moela. O preju�zo calculado pelo MP, na �poca, era de cerca de R$ 40 mil. Correa afirma que os repasses foram regulares.

CL�NICA Outra suspeita contra a administra��o de Correa, que motivou a abertura de uma CPI, se refere ao repasse mensal da prefeitura para uma cl�nica onde deveriam funcionar consult�rios m�dicos e de psicologia. De acordo com o presidente da C�mara, no local funciona, no entanto, uma resid�ncia onde mora uma enfermeira que � tamb�m funcion�ria da prefeitura. “Essa cl�nica foi aberta em agosto de 2013 e desde ent�o temos not�cia que o repasse mensal � de aproximadamente R$ 50 mil”, afirma o presidente da C�mara. De acordo com o vereador, a CPI que apura o caso tem uma nota fiscal datada de mar�o de 2014, atestando o repasse de R$ 54 mil para a suposta cl�nica. Ele afirma que os s�cios da enfermeira tamb�m s�o servidores da prefeitura.

“N�o posso responder por uma nota que foi emitida quando n�o estava no cargo”, disse o prefeito. Para ele, todas as den�ncias dos vereadores v�o se revelar in�cuas. Correa afirma que o que deveria estar em discuss�o � para onde v�o os recursos que a prefeitura repassa mensalmente para a C�mara. “S�o R$ 54 mil mensais. S�o nove vereadores recebendo em torno de R$ 2,7 mil por m�s. Ent�o, sobram quase R$ 30 mil, suficientes para eles alugarem outro im�vel”, afirmou o prefeito. “N�o vou responder a isso”, encerrou o presidente do Legislativo.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)