O ministro-chefe da Secretaria de Comunica��o Social da Presid�ncia da Rep�blica, Edinho Silva, tentou minimizar a pol�mica entre o PT e o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), desencadeadas no final de semana, depois de ataques de lado a lado. Edinho disse que "n�o existe crise" e que a pol�mica criada pela troca de declara��es possam atrapalhar as vota��es no Congresso.
O vice-presidente Michel Temer, do PMDB, foi na mesma linha, tamb�m tentando reduzir a tens�o do ambiente. Questionado sobre as declara��es de Cunha de que o esvaziamento das fun��es do vice-presidente acarretaria em um rompimento da alian�a, Temer respondeu: "Temos de acabar com isso (tens�o), eu n�o tenho essa preocupa��o".
Di�logo
As afirma��es de Temer e Edinho foram dadas ap�s reuni�o de coordena��o pol�tica, no Planalto, com a presidente Dilma Rousseff e outros 11 ministros. Eles n�o quiseram falar se o tema foi debatido no encontro. Edinho acrescentou que "a posi��o do governo � sempre posi��o de di�logo com presidente da C�mara, e com o presidente do Senado, Renan Calheiros. E emendou: "portanto, n�o existe crise. O que existe � uma posi��o de muito respeito do governo da presidente Dilma, em rela��o a eles".
Edinho disse ainda que "n�o tem divis�o" na base do governo. "Hoje todos os partidos que comp�em a coordena��o pol�tica da presidente Dilma estavam reunidos em ambiente de unidade e constru��o de posi��es unit�rias. Mas � natural que, em uma democracia, lideran�as possam pensar de forma diferente, que os partidos tenham posi��es diferentes. O importante � que se tenha unidade para constru��o de agenda para o Pa�s, que os interesses do Pa�s estejam colocados acima de quaisquer outros interesses e, neste sentido, o di�logo com Eduardo Cunha tem sido excepcional", comentou Edinho.
Ao falar sobre a pauta de vota��es para esta semana, o ministro disse que as negocia��es n�o ser�o afetadas pelas pol�micas dos �ltimos dias. Assegurou que o governo est� discutindo as desonera��es com os partidos da base e que a expectativa do Planalto � que se aprove o projeto de lei que prop�e o fim das desonera��es, para reequilibrar as contas p�blicas. "O governo mant�m posi��o de dialogo, continua dialogando, e espera resultado positivo", declarou Edinho, acrescentando que "o projeto � importante para que se possa concluir o ajuste fiscal, que sinaliza condi��es de se retomar o crescimento com sustentabilidade".
Sobre a volta da CPMF proposta pelo PT e pelo ministro da Sa�de, Arthur Chioro, no encontro do PT e recha�ado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, Edinho Silva disse que o tema n�o foi tratado na reuni�o de coordena��o pol�tica da manh� desta segunda-feira.