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Estado de Minas

Disputa entre PT e PMDB torna governo Dilma ref�m de Cunha

Com o agravamento da tens�o entre PT e PMDB, Pal�cio do Planalto volta a ficar dependente do presidente da C�mara dos Deputados para a vota��o de temas importantes no Congresso


postado em 16/06/2015 06:00 / atualizado em 16/06/2015 08:05

Cunha reclama do tratamento:
Cunha reclama do tratamento: " PT sempre insiste em buscar as agress�es" (foto: Gustavo Lima/C�mara dos Deputados)
Bras�lia – O governo est� mais uma vez dependente do presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Depois de um leve distensionamento com a indica��o do vice-presidente Michel Temer como coordenador pol�tico, a tens�o voltou a aumentar entre o PT, o Planalto e o peemedebista fluminense a ponto de o Executivo admitir a possibilidade de perder o semestre no Legislativo, caso n�o consiga votar, pelo menos na C�mara, o projeto que desonera a folha de pagamentos.

Embora tenha evitado discutir abertamente o assunto na reuni�o da coordena��o pol�tica – a estrat�gia � manter o canal de negocia��es aberto para tentar votar o projeto na C�mara antes do recesso parlamentar de julho –, a sensa��o de que a rela��o travou � inevit�vel. “Foram muitos erros nos �ltimos dias que complicaram um cen�rio que jamais esteve pacificado. Temos muito a caminhar ainda para normalizar essa rela��o”, admitiu uma lideran�a governista.

Nas �ltimas duas semanas, o PT insinuou que a articula��o pol�tica do governo deveria voltar para as m�os do partido, deixando de ser exercida por Michel Temer. O PMDB, como vingan�a, montou uma opera��o na CPI da Petrobras para aprovar a convoca��o do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto. Lula ligou para Temer para perguntar porque o PMDB fizera aquilo e para indagar se a legenda tinha algo contra ele.

Ao longo do fim de semana, mais problemas. Os deputados do partido pressionaram para que o congresso do PT suspendesse a alian�a com o PMDB e o ex-vice-l�der do governo na C�mara Carlos Zarattini (PT-SP) chamou Cunha de oportunista. Em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo, o presidente da C�mara elevou o tom e esgar�ou de vez as rela��es com o PT.

Ap�s a reuni�o de coordena��o, o ministro da Secretaria de Comunica��o Social, Edinho Silva, tentou colocar panos quentes na crise. “N�o tem mal-estar com o presidente Eduardo Cunha. O governo respeita a lideran�a dele. O presidente da C�mara dos Deputados tem o respeito do governo. Numa democracia, � natural que muitas vezes posi��es divergentes possam existir. Isso faz parte da democracia e � bom que haja di�logo”, disse.

O problema � que, neste momento, h� um descompasso. Segundo admitiu um interlocutor governista, a presidente Dilma Rousseff e a equipe econ�mica ter�o de ceder nas negocia��es sobre a desonera��o da folha de pagamentos. Cunha tem feito lobby pessoal e pressionado o relator do projeto, deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), para conseguir manter alguns setores, como comunica��es e transportes, fora da lista daqueles que ter�o as al�quotas reajustadas.

Na noite dessa segunda-feira (15), Temer se reuniu com Eduardo Cunha e o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que tamb�m participou da reuni�o, saiu confiante e disse que haver� acordo para votar o projeto da desonera��o da folha de pagamentos e que ele ser� divulgado amanh�. “Est� muito pr�ximo do acordo (...) S� depois da gente conversar com os l�deres que a gente vai anunciar. Mas houve excelente entendimento”, disse o ministro.

Nessa segunda-feira, Cunha voltou a reclamar do tratamento recebido dos petistas, mas garantiu que a pauta de vota��es da C�mara continuar� inalterada, independentemente das rusgas, e que o problema dele � com o partido, n�o com o governo. “O presente, com as agress�es continuadas, � sempre um problema. O PT sempre insiste em buscar as agress�es. E n�o foi s� um ‘movimento’ que foi ali (no 5º Congresso, em Salvador) fazer coro. Ali teve pessoas que defenderam a manuten��o da alian�a atacando”, disse. Ele tamb�m lembrou de uma rusga antiga com o presidente do PT, Rui Falc�o, no come�o de 2014. “� um ataque continuado”, avaliou. “Eu n�o vou aceitar que o PMDB continue sendo agredido pelo PT o tempo todo”, refor�ou.


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