A For�a-tarefa Lava Jato do Minist�rio P�blico Federal prop�s nova den�ncia criminal contra o ex-deputado Andr� Vargas (PT/PR) seu irm�o Leon Vargas, e sua mulher Eidilaira Soares, por lavagem de dinheiro por meio da oculta��o de bens. A den�ncia foi protocolada na 13ª Vara Federal de Curitiba nesta segunda-feira, 22. Esta � a segunda den�ncia contra Vargas. A primeira foi proposta em 14 de maio.
Nesta nova acusa��o, o Minist�rio P�blico Federal afirma que Vargas, 'com o objetivo de lavar parte do dinheiro gerado pelos seus crimes e n�o despertar a aten��o das autoridades, adquiriu um im�vel de luxo em Londrina (PR) pelo seu valor de mercado (valor real), contudo registrou no contrato, na escritura p�blica e na declara��o de imposto de renda um valor (nominal) bastante inferior ao pre�o real de aquisi��o'.
Segundo a den�ncia, o ex-parlamentar pagou a diferen�a informalmente, 'por fora, 'por debaixo do pano da mesa'. "Para isto, contou com a ajuda do irm�o, Leon (que negociou o valor com a imobili�ria), e sua companheira Eidilaira (que emprestou seu nome para a aquisi��o do bem)", assinala a Procuradoria da Rep�blica.
De acordo com a den�ncia, Eidilaira assinou compromisso de compra do im�vel no valor de R$ 500 mil (uma entrada de R$ 20 mil seguida de uma parcela de pouco mais de R$ 303,5 mil e um financiamento dos R$ 176,5 mil restantes). No entanto, o vendedor afirmou que o im�vel foi vendido, na realidade, por R$ 980 mil. Ou seja, ocultaram o valor de R$ 480 mil.
A Procuradoria ressalta que por esses contratos a ag�ncia deveria realizar 'o estudo, o planejamento, a conceitua��o, a concep��o, a cria��o, a execu��o interna, a intermedia��o e a supervis�o da execu��o externa e a distribui��o' das campanhas de publicidade do Minist�rio e da Caixa. "Esses contratos eram obtidos com a influ�ncia do ex-parlamentar", afirma a for�a-tarefa da Lava Jato.
A Borghi Lowe selecionava produtoras que eram ent�o subcontratadas pelos �rg�os e, como intermedi�ria, recebia cerca de 10% dos valores pagos �s subcontratadas, pr�tica conhecida no mercado como 'b�nus de volume'.
Segundo a Procuradoria, de acordo com a orienta��o do publicit�rio Ricardo Hoffmann, os b�nus eram depositados nas contas das empresas Limiar Consultoria e Assessoria e LSI Solu��es em Servi�os Empresariais, controladas por Andr� Vargas e seus irm�os, Leon e Milton Vargas.
As investiga��es comprovaram que tanto a Limiar como a LSI eram empresas 'de fachada', que s� funcionavam para receber as vantagens indevidas prometidas ao ex-deputado pela influ�ncia na obten��o dos contratos de publicidade.
Na primeira den�ncia oferecida contra Vargas, foram acusados tamb�m seus irm�os Leon e Milton e o publicit�rio Ricardo Hoffmann, diretor da filial de Bras�lia da ag�ncia de publicidade Borghi Lowe, todos pelos crimes de organiza��o criminosa, lavagem de dinheiro e corrup��o ativa e passiva.
Para o crime de lavagem de dinheiro a pena prevista � de reclus�o de tr�s a dez anos e multa. Todos os acusados nesta nova den�ncia criminal da for�a-tarefa da Lava Jato negam a pr�tica de lavagem de dinheiro