A aprova��o da emenda que vinculou a pol�tica de valoriza��o do sal�rio m�nimo � Previd�ncia Social contou com ampla trai��o entre os partidos da base aliada, que ignoraram os apelos do Pal�cio do Planalto para que o dispositivo fosse barrado.
O PP controla hoje o Minist�rio da Integra��o Nacional e foi recentemente contemplada com o comando da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do S�o Francisco e do Parna�ba (Codevasf). Al�m do mais, a legenda acertou com a articula��o pol�tica da presidente Dilma Rousseff que ampliar� seu espa�o na Caixa Econ�mica Federal.
O PMDB, partido que chefia as duas Casas do Congresso e que tem a vice-presid�ncia da Rep�blica, tamb�m registrou dissid�ncias, embora em menor grau. Foram 12 votos pela aprova��o da emenda, entre 52 votantes. As dissid�ncias ocorreram mesmo ap�s declara��es do presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que disse que n�o era hora de analisar esse tipo de indexa��o.
O pr�prio PT, que, embora na Presid�ncia da Rep�blica, vive sua maior crise interna, reconhecida inclusive pelo ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, n�o conseguiu consolidar apoio � presidente Dilma. Os deputados Weliton Prado (MG) e Luizianne Lins (CE) ajudaram aprovar a emenda. Assis do Couto (PR), por outro lado, se absteve. Mas houve outros 12 deputados petistas que n�o compareceram � sess�o, o que enfraquece a posi��o do governo em Plen�rio.
J� o PSD rachou ao meio: 13 deputados tra�ram o governo e 14 seguiram a orienta��o da equipe econ�mica.
Frustra��o
A possibilidade de o dispositivo ser aprovado deixou a articula��o pol�tica da presidente Dilma Rousseff em alerta. Na segunda-feira, 22, Dilma convocou uma reuni�o de emerg�ncia com os ministros Joaquim Levy (Fazenda), Nelson Barbosa (Planejamento), Aloizio Mercadante (Casa Civil) e Carlos Gabas (Previd�ncia) e pediu empenho total de sua equipe para impedir a aprova��o da emenda.
Ao final do encontro, Gabas disse que dar a aval a uma proposta nesse sentido colocaria "em alto risco" as contas do sistema previdenci�rio. Se estivesse valendo, continuou o ministro, o impacto da medida neste ano seria de R$ 4,6 bilh�es.
Com Ag�ncias Estado