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Estado de Minas

Lava-Jato apura papel de s�cio de Zelada em neg�cios de navios-sondas


postado em 06/07/2015 20:37 / atualizado em 06/07/2015 20:59

O empres�rio Raul Schmidt Fellipe Filho, s�cio do ex-diretor de Internacional da Petrobras Jorge Luiz Zelada - preso na Opera��o Conex�o M�naco, no dia 2 -, � investigado pela for�a-tarefa da Lava Jato pelo recebimento de "comiss�o" em contratos de navios-sondas da coreana Samsung Heavey Industries. O ex-diretor Nest�r Cerver� (antecessor de Zelada) e o lobista do PMDB Fernando Antonio Falc�o Soares, o Fernando Baiano, s�o acusados de receberem US$ 30 milh�es de propina nesses contratos.

"Raul Schmidt Fellipe tamb�m possu�a liga��o com a Samsung, estaleiro respons�vel pela constru��o dos navios-sonda Petrobras 10000 (que segundo a auditoria da Petrobras teve pelo menos U$ 11,9 milh�es de superfaturamento) e Vit�ria 100000, cuja aquisi��o pela estatal foi objeto de den�ncia pelo MPF", registra a for�a-tarefa da Lava Jato em pedido de pris�o de Zelada.

Pelo menos US$ 3 milh�es da Samsung passaram por uma conta aberta em nome da offshore Goodal Trade Inc, das Ilhas Virgens Brit�nicas, que segundo autoridades do Principado de M�naco seria controlada por Raul Schmidt.

"Na documenta��o enviada por M�naco consta um contrato de comissionamento envolvendo a Samsung como contratante e duas empresas sediadas nas Ilhas Virgens Brit�nicas como contratadas, a Barvella Holding Corp. e a Goodal Trade Inc - esta �ltima � uma offshore de propriedade de Raul Schmidt Fellipe, enquanto o propriet�rio da primeira ainda � ignorado", informou o MPF ao juiz S�rgio Moro no pedido de pris�o.

Os contratos da Samsung com a Petrobras foram assinados em 2006 e 2007, na gest�o de Cerver�, antecessor de Zelada. Eles previam a constru��o dos navios-sondas Petrobras 10.000 e Vit�ria 10.000, ambos superfaturados.

A Procuradoria considera ter comprovado nesse caso o pagamento de US$ 30 milh�es em propina a Cerver� e ao lobista Fernando Baiano - que est�o presos em Curitiba - por meio do lobista Julio Gerin Camargo, delator da Lava Jato com elos com integrantes do PT.

Camargo, como representante da coreana Samsung em parceria com os japoneses do Grupo Mitsui, confessou ao juiz S�rgio Moro ter pago os US$ 30 milh�es por interm�dio de Fernando Baiano para Cerver�. O processo em que os tr�s s�o r�us por corrup��o, lavagem de dinheiro e organiza��o criminosa est� em fase final, na Justi�a Federal, em Curitiba.

Descobertas

A for�a-tarefa da Lava Jato considera peculiar o papel de Raul Schmidt nesses neg�cios e est� aprofundado a coleta de dados. O empres�rio, que vive na Su��a, � investigado como elo de Zelada na lavagem de dinheiro supostamente desviado por ele da Petrobras em dois outros navios-sondas, que sucederam os fechados por Cerver�, com a Samsung.

Zelada teria recebido propina nos contratos com a Pride International, de 2008, para constru��o do ENSCO DS-5, e com a Vantagem Deepwater Company, em 2009, para o Titanium Explorer.

Nas buscas por dados desses contratos, a Lava Jato chegou a Raul Schmidt. O alvo foi gerente da Braspetro Oil Service, em Angola, e representante da norueguesa Sevan Marine, no Brasil.

Raul � s�cio do ex-diretor de Internacional preso pela Lava Jato desde 2010 na TVP Solar Brasil - uma subsidi�ria da empresa TVP Solar - sociedade de tecnologia ligada � utiliza��o de energia solar t�rmica, sediada em Genebra.

Documentos enviados por M�naco revelam ainda a exist�ncia de um contrato de comissionamento de US$ 20 milh�es, assinado e 18 de outubro de 2007, pela Pride Internacional - vencedora do contrato do ENSCO DS-5 - como origem dos US$ 3 milh�es pagos ao s�cio de Zelada. O contrato "previa uma comiss�o de broker para a intermedia��o de um contrato de constru��o de navio-sonda com a Pride International, a qual negociava uma contrata��o pela Petrobras", registra a for�a-tarefa.

A partir desse contrato � que autoridades de M�naco identificaram o dep�sito de US$ 3 milh�es, no dia 15 de abril de 2011, da Samsung para a conta da Goodal, no Banco Luius B�r, no Principado de M�nico, que seria de Raul Schmidt.

Elos

"H� indicativos de que a parceria entre Raul Schmidt Fellipe e Jorge Luiz Zelada � utilizada para lavagem de dinheiro obtido ilicitamente por interm�dio de contratos com a Petrobras", afirma a Procuradoria no pedido de pris�o de Zelada.

Al�m de ter rela��o direta com os desvios supostamente cometidos do Zelada, a Lava Jato quer saber qual foi o papel de Raul Schmidt na intermedia��o entre os dois primeiros contratos de navios-sondas da Samsung, assinados na gest�o Cerver�, e os dois contratos feitos com Zelada, em especial o terceiro, de 2008, com a empresa Pride.

Raul Schmidt informou que n�o atua mais no setor petrol�fero desde 2007. "Atualmente, � s�cio e membro do conselho da TVP Solar, empresa do setor de energia solar, que tem sede na Su��a e f�brica na It�lia", informou, via advogado de defesa, Leonardo Muniz.

O empres�rio afirma ainda que atua como investidor em companhias "start-ups" na �rea de tecnologia de ponta "principalmente em empresas ligadas a energias limpas".

O criminalista afirma que a �nica rela��o comercial mantida pelo cliente com Zelada "se d� na TVP Solar". O empres�rio afirma ser cofundador da norueguesa Sevan marine e que mora h� 10 anos fora do Brasil.


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