A Secretaria de Comunica��o Social da Presid�ncia da Rep�blica (Secom) apagou nesta quarta-feira, uma publica��o na rede social Facebook com imagem do filme "Tempos Modernos", de Charles Chaplin, que havia sido usada para fazer propaganda dos benef�cios do rec�m-lan�ado Programa de Prote��o ao Emprego (PPE). O cl�ssico de Chaplin, lan�ado em 1936, � uma cr�tica �s p�ssimas condi��es de trabalho em meio a um sistema industrial cada vez mais opressor e desumano.
A imagem, postada na ter�a-feira, 7, na conta do Planalto no Facebook, mostrava Chaplin numa das cenas mais emblem�ticas de "Tempos Modernos", com o corpo curvado, operando uma m�quina. "Jornada de trabalho menor... e meu emprego garantido!", dizia a legenda que acompanhava a foto.
A publica��o causou revolta entre internautas, que criticaram a associa��o entre a imagem e o programa anunciado nesta semana pelo Planalto. "Nossa, que infelicidade no uso da imagem. Chaplin fazia uma cr�tica � aliena��o e � explora��o do trabalhador industrial e o Poder Executivo, durante o ajuste fiscal, executou manobras para reduzir os direitos trabalhistas! Caramba! Foi p�ssimo", escreveu um internauta.
Instrumento
Ao participar do programa de r�dio 'Bom Dia, Ministro', o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presid�ncia, Miguel Rossetto, disse na manh� desta quarta, 8, que o Programa de Prote��o ao Emprego � um "instrumento" para a manuten��o de vagas em um momento de redu��o na taxa de crescimento da economia.
"O quadro que queremos evitar � demiss�es. H� um esfor�o muito grande no sentido de sairmos rapidamente desse per�odo de transi��o, de ajuste da economia, infelizmente ainda continuamos com cen�rios dif�ceis no Brasil. Preservar emprego � tudo o que queremos", afirmou Rossetto.
O PPE est� previsto em Medida Provis�ria assinada na �ltima segunda-feira, 6, pela presidente Dilma Rousseff. O programa permite a redu��o da jornada de trabalho e dos sal�rios dos empregados na ind�stria em at� 30% em tempos de crise ou de queda expressiva de produ��o. Para o empregado, o sal�rio ser� cortado em at� 15%, mas haver� complementa��o do valor com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).