
As d�vidas sobre a capacidade do governo de manter a articula��o pol�tica e garantir o apoio de sua base de sustenta��o aumentaram na quarta-feira, quando os senadores contrariaram o interesse do Pal�cio do Planalto e aprovaram a extens�o da pol�tica de reajuste do sal�rio m�nimo tamb�m �s aposentadorias e pens�es. O placar da vota��o, de 34 votos a favor, e 25 contra, despertou a preocupa��o no governo de que a instabilidade que predomina na C�mara possa agora se instalar em definitivo no Senado.
Questionada sobre o assunto em Mil�o, onde visitou o estande brasileiro da Exposi��o Universal, Dilma Rousseff diz n�o ver rebeli�o em sua base de sustenta��o. "Eu n�o chamo de rebeli�o vota��o no Congresso em que h� diverg�ncias", afirmou. "A gente perde umas e ganha outras. Se a gente for fazer um balan�o, n�s mais ganhamos do que perdemos. Eu n�o concordo que haja uma rebeli�o."
Segundo a presidente, o governo tamb�m registrou vit�rias importantes no Congresso durante o per�odo em que aconteceram as derrotas mais duras. "N�s temos tido aprova��o de muitas coisas importantes e temos tido tamb�m desaprova��es. Agora isso n�o significa que haja uma rebeli�o."
Sobre a hip�tese de que a instabilidade passar a nortear a a��o dos senadores, Dilma n�o respondeu de maneira direta. "Em uma democracia se espera que haja debate, n�o �? N�o tem como em pa�s nenhum no mundo voc� achar que ganha todas no Congresso, argumentou.
A presidente usou ainda o exemplo dos Estados Unidos para ilustrar seu racioc�nio. Detalhe: em Washington, a administra��o de Barack Obama n�o tem a maioria nem no equivalente americano da C�mara dos Deputados, nem no Senado. "Nos mais democr�ticos � que se torna mais complexa a aprova��o", disse Dilma, completando: "Nos mais democr�ticos, onde h� liberdade de opini�o, onde h� uma ampla manifesta��o de opini�es, como � o caso dos Estados Unidos."