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Estado de Minas

Peritos da PF sugerem quebra de sigilo de S�rgio Gabrielli


postado em 23/07/2015 13:37 / atualizado em 23/07/2015 13:59

Curitiba e S�o Paulo - Peritos criminais da Pol�cia Federal sugerem a quebra do sigilo banc�rio e fiscal do ex-presidente da Petrobras Jos� S�rgio Gabrielli no �mbito de investiga��o sobre e-mails do presidente da Odebrecht, Marcelo Bahia Odebrecht, preso na Opera��o Lava Jato desde 19 de junho por suspeita de corrup��o, lavagem de dinheiro, organiza��o criminosa e crime contra a ordem econ�mica.

O alvo maior dos peritos s�o propostas comerciais "com pre�os majorados relativas a contratos para presta��o de servi�os de opera��o de sondas, em preju�zo da Petrobras".

Eles querem acesso a dados financeiros e tribut�rios de Gabrielli concentrados em um largo per�odo, de 1º de janeiro de 2010 a 30 de junho de 2015. O objetivo � 'esclarecer se as tentativas de majora��o de pre�o prosperaram ou n�o'.

Gabrielli presidiu a estatal entre 2005 e 2012. Ele antecedeu Gra�a Foster.

Os peritos subscrevem laudo sobre troca de e-mails entre Odebrecht e executivos do grupo. As mensagens indicam suposta tentativa da maior empreiteira do Pa�s de apresentar propostas com pre�os acrescidos.

Elas tamb�m citam os nomes do ministro-chefe da Casa Civil Aloizio Mercadante (PT-SP) e do ex-presidente da estatal como contatos pol�ticos da Odebrecht nas negocia��es.

Na ocasi�o da troca de e-mails de Odebrecht, em 2011, Mercadante ocupava o cargo de ministro da Ci�ncia, Tecnologia e Inova��o.

"Foram identificadas, por parte do Grupo Odebrecht, especialmente do executivo Marcelo Odebrecht, a��es com o objetivo de exercer influ�ncia pol�tica para obten��o de �xito na celebra��o de novos contratos com a Petrobras", diz o laudo.

"A partir desse material identificou-se elementos que demonstram a tentativa da Odebrecht em apresentar propostas comerciais com pre�os majorados, relativas a contratos para presta��o de servi�os de opera��o de sondas, em preju�zo da Petrobras. Os documentos solicitados na subse��o IV.1 podem vir a esclarecer se as tentativas de majora��o de pre�o prosperaram ou n�o."

Os peritos sugerem, ainda, o afastamento do sigilo de outros dois alvos da apura��o - Andr� Luiz de Souza e Jos� Miranda Formigli Filho, este ex-diretor da Petrobras, al�m da Enseada Ind�stria Naval e da Sete Brasil, empresa criada pela Petrobras.

Eles destacam que "foram identificadas, por parte do Grupo Odebrecht, especialmente do executivo Marcelo Odebrecht, a��es com o objetivo de exercer influ�ncia pol�tica para obten��o de �xito na celebra��o de novos contratos com a Petrobras".

Ao analisar um e-mail enviado por Roberto Prisco Ramos - ex-funcion�rio da Braskem - para Marcelo Odebrecht e outros tr�s executivos do grupo, em 22 de mar�o de 2001, o laudo informa que "o conte�do revela uma discuss�o acerca do estabelecimento do pre�o que ser� proposto no contrato de opera��o de sondas junto � Petrobras".

"Nota-se a perspectiva de recuperar uma perda de US$ 100 MM (cem milh�es de d�lares), mediante o acr�scimo de US$ 20 mil/dia no custo estimado de opera��o das sondas quando em atividade (OPEX), ao longo de 10 anos."

No ano anterior, em outro e-mail analisado, de 27 de dezembro de 2010, Odebrecht troca mensagens com executivos sobre a Sete Brasil e os contratos de sondas. "A Petrobr�s, segundo os executivos da Odebrecht, teria uma orienta��o para maximizar o contrato de sondas com o Estaleiro Bahia (Enseada Ind�stria Naval), pertencente a empresas do Grupo Odebrecht em associa��o com as construtoras OAS e UTC", informam os peritos. A OAS e a UTC tamb�m s�o alvo da Lava Jato - seus principais executivos s�o r�us por corrup��o e lavagem de dinheiro.

"Pelo conte�do do e-mail, identifica-se que o Estaleiro Atl�ntico Sul (concorrente da Odebrecht), j� consolidado � �poca, firmou contratos com a Petrobr�s para constru��es de sonda em valores US$ 90 milh�es (noventa milh�es de d�lares) abaixo do valor or�ado pelo cons�rcio liderado pelo Grupo Odebrecht", sustentam os peritos.

Eles indicam que para esclarecer se ocorreu eventual vantagem financeira indevida decorrente da assinatura desses contratos "� preciso obter alguns documentos, como a �ntegra dos contratos firmados pela Petrobr�s para constru��o e opera��o das sondas, da Sete Brasil".


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