(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Aliados de Marina Silva aguardam registro da Rede para o m�s que vem

Militantes do partido que a ex-senadora Marina Silva tentar� aprovar no TSE em agosto, quase dois anos ap�s a cria��o da legenda ser rejeitada, j� se mobilizam de olho em 2016


postado em 27/07/2015 06:00 / atualizado em 27/07/2015 07:38


Com apari��es pontuais desde a dura campanha eleitoral do ano passado, a ex-senadora Marina Silva deve voltar aos holofotes da pol�tica no pr�ximo m�s. “Marineiros” de plant�o esperam que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) conceda em agosto o registro de cria��o da Rede Sustentabilidade, quase dois anos depois de o primeiro pedido junto ao TSE ter sido negado. Confiante de que se tornar� o 33º partido brasileiro, o movimento pol�tico liderado pela ex-ministra do Meio Ambiente planeja para o per�odo entre setembro e novembro as conven��es que definir�o os diret�rios da futura legenda e inicia conversas para as elei��es de 2016. O ambientalista Apolo Heringer Lisboa foi sondado para ser candidato a prefeito de Belo Horizonte.

Atualmente, o processo est� na Corregedoria Geral Eleitoral do TSE. A expectativa � de que, quando o Judici�rio retornar do recesso, na semana que vem, ministros julguem a quest�o. Em 2013, o registro foi negado pela falta de 50 mil assinaturas para atingir o m�nimo de 492 mil apoiadores exigido pela legisla��o eleitoral. Desta vez, dois pontos pesam a favor da Rede. Al�m de o movimento ter apresentado mais 56 mil assinaturas, h� a possibilidade de o tribunal cobrar cerca de cinco mil assinaturas a menos do que em 2013.

Clique aqui para ampliar a imagem
Clique aqui para ampliar a imagem
A comprova��o do apoio de eleitores considera o percentual de 0,5% dos votos v�lidos para a C�mara dos Deputados. Como o processo de cria��o da Rede come�ou em 2013, a refer�ncia eram as elei��es de 2010, quando 0,5% representavam 492 mil assinaturas. Agora, o par�metro j� seriam as elei��es de 2014 e os 0,5% significariam 486,6 mil apoiadores. De acordo com o TSE, por se tratar de algo in�dito, o crit�rio ser� discutido em plen�rio antes da vota��o do registro.

“A partir de setembro e novembro, vamos fazer as novas conven��es estaduais e eleger os diret�rios. A conven��o nacional ser� em novembro. A partir deste ano e no in�cio do ano que vem, vamos trabalhar os diret�rios municipais”, afirma o coordenador de organiza��o da Rede, Pedro Ivo Batista, que ressalta estar focado no processo de registro.

Migra��o

Militantes do movimento em Minas, entretanto, t�m concentrado esfor�os na inser��o da Rede nos munic�pios. Eles est�o em contato com l�deres pol�ticos na tentativa de antecipar conversas para forma��o de chapas para 2016. “A partir de agosto (com o registro), abre-se a janela partid�ria para quem desejar migrar. Quem tem mandato pode migrar em 30 dias e, para quem n�o tem, o prazo vai at� 30 de outubro”, explica a porta-voz da rede em Minas, Carla Queiroz.

Sem falar em n�meros, Carla ressalta que a Rede est� conversando com “boa parcela” dos 853 munic�pios e, em setembro, come�a a organiza��o dos diret�rios municipais, chamados de “coletivos” pelo movimento. “Na medida do poss�vel, vamos trabalhando com candidatura pr�pria, que � o DNA da Rede. Estamos conhecendo pessoas muito bacanas”, afirma.

Ela tamb�m refor�a que a atua��o vai al�m das elei��es. “N�o somos um partido tradicional. Queremos discutir a sustentabilidade com movimentos sociais e lideran�as”, diz. De fato, integrantes da Rede fazem quest�o de distanciar o movimento dos atuais partidos brasileiros. “Nosso programa � pela sustentabilidade. Um partido que questiona a atual estrutura pol�tica e prop�e novas estruturas mais horizontais e flex�veis”, afirma Pedro Ivo.

O discurso de se fazer uma nova pol�tica, entretanto, ainda n�o conseguiu cooptar filiados suficientes para tirar a Rede da condi��o de um futuro nanico. Pela estimativa do pr�prio movimento, a Rede conta atualmente com 7 mil filiados informais. O n�mero � bem menor que os filiados do Pros e do Solidariedade (SD), que conseguiram obter o registro de partido em 2013. Criados h� dois anos, eles t�m 26,7 mil e 37,4 mil filiados, respectivamente.

A defesa da “nova pol�tica” tamb�m j� foi motivo de desgaste no movimento. Depois de receber 22 milh�es de votos na disputa pela Presid�ncia da Rep�blica nas elei��es de 2014, Marina Silva, ent�o abrigada no PSB, provocou um racha na Rede ao anunciar seu apoio ao senador A�cio Neves (PSDB) no segundo turno. Os dissidentes acreditavam que, para ser coerente com a “nova pol�tica”, ela deveria ter mantido a independ�ncia.

Demanda de ex-aliado

Mas parece que a Rede tem tentado n�o apenas angariar mais apoiadores, como tamb�m recuperar antigos integrantes, como o ambientalista Apolo Heringer Lisboa. Fundador do Projeto Manuelz�o da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o mineiro chegou a ser lan�ado pr�-candidato a governador de Minas na alian�a entre Rede e PSB nas �ltimas elei��es. No lugar dele, o ex-prefeito de Juiz de Fora, Tarc�sio Delgado – pai do ent�o presidente do PSB em Minas, J�lio Delgado – acabou na disputa.

Apolo conta que foi procurado por integrantes da Rede, que sondaram se ele n�o se interessaria em ser candidato a prefeito de Belo Horizonte. Ressentido com o epis�dio do �ltimo pleito, ele afirma que s� aceitaria o convite se Marina lhe pedisse desculpas publicamente. “N�s quer�amos uma candidatura alternativa em Minas e, na pr�tica, meu nome era o �nico que poderia crescer e levar as elei��es para o segundo turno”, afirma. “Marina teria que reconhecer que errou ao apoiar J�lio e Tarc�sio Delgado. Ela teria que reconhecer que Minas ficou prejudicada. Se fizer isso publicamente, posso repensar”, completa.

Marina Silva foi procurada pela reportagem, mas sua assessoria de imprensa informou que, por quest�o de agenda, ela n�o poderia conceder entrevista na semana passada. Mais distante da cena pol�tica desde as elei��es, Marina tem se dedicado a aulas e palestras. Na quinta-feira � noite, em evento em S�o Paulo que discutiu o uso de ferramentas digitais para ampliar a representa��o pol�tica, ela afirmou aos participantes que “a Rede, assim como partidos sendo criados hoje mundo afora, n�o pode ter a pretens�o de j� ser a resposta. Nesse momento, as tentativas s�o de atualizar a pol�tica”.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)