Redu��o de minist�rios � preocupa��o constante do governo, diz Jaques Wagner

Bras�lia - O ministro da Defesa, Jaques Wagner, afirmou que, embora n�o tenha sido discutida na reuni�o da coordena��o pol�tica realizada na manh� desta segunda-feira, no Pal�cio da Alvorada, a quest�o sobre a redu��o e a fus�o de minist�rios � uma "preocupa��o constante" do atual governo. "Eu, pessoalmente, acho que � sempre positivo se fazer a racionaliza��o da m�quina, mas hoje n�o teve nenhuma discuss�o objetiva de fazer uma fus�o", disse Wagner, em entrevista coletiva ap�s o encontro com a presidente Dilma Rousseff. Para o ministro, tudo o que se puder fazer para a redu��o de custos � bem-vindo.

Com o objetivo de atender a apelos pelo enxugamento da m�quina e redu��o de gastos p�blicos, Dilma decidiu dar aval a um corte no n�mero de minist�rios - atualmente, o governo conta com 38 ministros. Conforme o jornal O Estado de S.Paulo revelou em mar�o, Dilma encomendou um estudo sobre a redu��o de pastas. Desde ent�o, a discuss�o ganhou corpo no Pal�cio do Planalto, que pretende poupar do novo desenho os minist�rios da �rea social, ligados a movimentos identificados com o PT.

Cunha

Jaques Wagner disse ainda se preocupar que se mantenha a "institucionalidade" da C�mara dos Deputados, mesmo com o rompimento do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), com o governo. "Eu acho estranho se a Presid�ncia da C�mara dos Deputados se transformar num bunker organizador da oposi��o."

Para o ministro, que destacou o fato de ter sido deputado federal por 12 anos, o importante � que o presidente da C�mara tenha um "papel de magistrado" na volta dos trabalhos legislativos, hoje, mantendo o "equil�brio da Casa". "A �nica expectativa que eu tenho, como ex-parlamentar, � que essa institucionalidade seja mantida", disse ele, ao refor�ar que Cunha, mesmo rompido com o governo, n�o permita que haja uma "evas�o" da institucionalidade.

Renan

O ministro fez quest�o de ressaltar a rela��o que o Pal�cio do Planalto tem mantido com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O senador e o Senado seriam a aposta do governo para debelar a crise pol�tica, inclusive com a tentativa de esfriar a deflagra��o de um processo de impeachment.

Segundo Wagner, Renan � um homem que "estava e continua se declarando da base do governo", ao contr�rio de Cunha. "Ent�o, a rela��o com ele tem momentos de mais ru�do, menos ru�do, mas � uma rela��o que est� caminhando normal", disse.

Sem dar detalhes, Wagner e o ministro das Cidades, Gilberto Kassab, disseram que a maior parte da discuss�o na reuni�o de coordena��o pol�tica girou em torno de propostas que est�o na pauta da C�mara e do Senado.