Bras�lia - Por mais que o governo tente, n�o consegue convencer o mercado de que melhorou a qualidade do gasto p�blico. Os n�meros provam que a expans�o das despesas do Tesouro com a m�quina n�o para de crescer. Embora, em compara��o com pa�ses desenvolvidos, a quantidade de servidores federais n�o seja t�o discrepante, o Poder Executivo, que hoje tem cerca de 601 mil funcion�rios ativos, de 2002 para c�, incorporou mais de 124 mil novos trabalhadores. Hoje, existem 99.505 cargos, fun��es de confian�a e gratifica��es – 30.574 criados a partir de 2002 –, que desfrutam de uma s�rie de benef�cios.
Nos c�lculos da entidade, ainda h� muita gordura que poderia ter sido cortada em 2014, em passagens e di�rias, entre outros. “Isso tudo acontece porque falta gest�o. Alguns ajustes na administra��o p�blica, quando acontecem, s�o feitos s� para atender pretens�es pol�ticas, sem estudos ou crit�rios. � uma l�gica dif�cil de ser entendida pelos investidores internacionais, o que torna a equa��o do ajuste fiscal invi�vel”, explica Gil Castello Branco, presidente da Contas Abertas.
DESEQUIL�BRIO No mundo inteiro, estudos apontam que os subs�dios do Estado a projetos sociais acabam provocando desequil�brios fiscais. � o que lembra Humberto Falc�o Martins, especialista em gest�o p�blica e diretor do Instituto Publix. “No Brasil, sem d�vida, o servi�o da d�vida e os gastos com a folha de pagamento drenam parte significativa dos recursos p�blicos.” O que se verificou, cujas consequ�ncias o pa�s agora paga um alto pre�o, foram “as pol�ticas influenciadas por reivindica��es sindicais”.
Ele aponta como principal efeito colateral dessa pol�tica, a reestrutura��es de carreiras com altos impactos aos cofres p�blicos, que n�o podem simplesmente ser cortadas. “O governo agora ter� que aprender a dizer n�o. E ter a no��o clara do limite e da prud�ncia”, aconselha o diretor do Publix.