
O parlamentar disse que a Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) do BNDES ainda apura, mas estima-se que sejam R$ 200 bilh�es enviados para fora do pa�s. “Como, em uma situa��o dessa, � poss�vel fazer favores a governos de alinhamento ideol�gico semelhante ao do Brasil? Tem que cortar por a� tamb�m. Os contratos e penalidades se discutem l� na frente, o que n�o podemos � aprovar um or�amento desequilibrado”, disse. O colega de bancada, deputado Domingos S�vio, afirmou que o PSDB j� havia dado sugest�es na Lei de Diretrizes Or�ament�rias (LDO) para o governo cortar 20% das despesas de custeio, mas como o partido � minoria, as ideias n�o foram aceitas. “Tem que cortar � nos minist�rios, no cart�o corporativo, nos alugu�is de im�veis, nas passagens a�reas. N�o podemos aprovar um or�amento dizendo que o pa�s vai arrecadar x e gastar y”, disse.
O deputado Rodrigo de Castro (PSDB) tamb�m afirma que h� muita gordura para cortar e credita aos minist�rios um “desperd�cio muito grande”. Para o tucano, deve haver uma avalia��o do n�mero de pastas e programas que se sobrep�em. Outra “fonte” de recursos seria uma reforma de impostos, por exemplo, com a unifica��o do ICMS e a melhor gest�o dos programas de concess�es de servi�os p�blicos em rodovias, aeroportos, energia e outros campos. Outra medida que, para Rodrigo de Castro, poderia diminuir os gastos da Uni�o � a redu��o da taxa de juros.
A queda de um ponto percentual na Selic tamb�m � defendida pela deputada J� Moraes (PCdoB), que integra a base de governo da presidente Dilma. “� a �nica coisa que poderia dar um resultado positivo imediato. Se a taxa de juros cai um ponto voc� deixa de gastar R$ 25 bilh�es”, disse. A parlamentar concorda que � preciso fazer uma reforma administrativa, mas acredita que o impacto ser� pequeno comparado aos R$ 30 bilh�es de d�ficit. J� Moraes diz que o cronograma de investimentos precisar� ser alterado, desde que n�o corte a��es nas �reas sociais, e fala ainda em taxar grandes fortunas ou criar impostos sobre grandes heran�as, por exemplo.
Entraves
J� o petista Gabriel Guimar�es afirma que as medidas de corte j� foram tomadas e, daqui para frente, o melhor mecanismo para encher o caixa ser� o fomento do desenvolvimento. “As medidas de freio j� vieram. Agora � preciso fazer ajustes em legisla��es regulat�rias que hoje significam entraves, tomar medidas que busquem regular setores, dando seguran�a ao setor produtivo sem prejudicar os trabalhadores”, afirmou.
O deputado Reginaldo Lopes (PT) sugeriu “tributar o pecado”, o que consiste, segundo ele, em criar impostos para produtos como cigarro, bebida e transg�nicos, que prejudicam a sa�de do brasileiro. Outra investida, segundo ele, deve ser avaliar a efici�ncia dos servi�os p�blicos e combater a sonega��o de impostos. “Sou autor de um projeto que quer acabar com o dinheiro em esp�cie no Brasil. Garanto que se acabar o Brasil arrecada mais R$ 200 bilh�es porque vai ter fim a sonega��o, a lavagem de dinheiro, o crime organizado e v�rios outros”, disse.