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Estado de Minas

Problema da corrup��o � amplo e transcende quest�es partid�rias, diz Moro


postado em 24/09/2015 15:31 / atualizado em 24/09/2015 15:47

S�o Paulo, 24 - O juiz federal S�rgio Moro, que conduz as a��es penais da Opera��o Lava-Jato, afirmou nesta quinta-feira, que o "problema da corrup��o � mais amplo e que transcende as quest�es pol�tico-partid�rias". Moro foi o principal palestrante do almo�o-debate promovido pelo Lide - Grupo de L�deres Empresariais - em S�o Paulo.

O magistrado n�o comentou o "fatiamento" de um dos desdobramentos da Lava Jato pelo Supremo Tribunal Federal, na quarta-feira. A maioria dos ministros entendeu que a investiga��o que envolve a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) n�o deve ficar somente sob relatoria do ministro Teori Zavascki, respons�vel pelo caso na Corte, e sob os cuidados do juiz S�rgio Moro, que conduz a opera��o na primeira inst�ncia, em Curitiba.

Na segunda-feira, antes do julgamento do plen�rio do STF, o juiz da Lava Jato afirmou, em senten�a que imp�s 15 anos de pris�o para o ex-tesoureiro do PT Jo�o Vaccari, que a "dispers�o das a��es penais n�o serve � causa da Justi�a". Segundo ele, a decis�o de manter o processo na capital paranaense "n�o � fruto de arbitrariedade judicial".



Corrup��o

Em sua palestra na Lide, o juiz federal citou quatro a��es penais da Lava Jato que j� tiveram senten�a proferida, sobre os quais lhe � permitido falar, para afirmar que, ao menos nestes casos, constatou-se ind�cios de "pagamento sist�mico de propinas a agentes p�blicos" para a celebra��o de contratos junto a agentes p�blicos. "O que se percebe � que havia uma certa naturaliza��o da propina", disse.

O magistrado lembrou que, ao menos nestes casos, durante a investiga��o houve uma certa dificuldade de se obter, at� entre os r�us confessos, do motivo para o pagamento de propinas. "N�o houve extors�o, houve uma naturaliza��o do pagamento de propinas, o que � extremamente assustador".

Moro encerrou sua palestra citando uma frase em italiano, cuja tradu��o diz: "uma popula��o inteira que paga propina � um povo sem dignidade". "Isso aplica ao nosso caso aqui", disse.

O juiz da Lava Jato participou de um almo�o-debate com executivos no Grupo de L�deres Empresariais (Lide). O magistrado discursou para uma plateia com cerca de 600 empres�rios, l�deres e autoridades, sobre as "Li��es das Opera��es M�os Limpas" - emblem�tica investiga��o sobre corrup��o na It�lia, na d�cada de 1990.


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