Rio de Janeiro - Coordenador do grupo de trabalho que atua na Opera��o Lava -ato com o procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, o procurador Douglas Fischer usou n�meros da investiga��o para defender o instrumento da dela��o premiada. Ele contestou a acusa��o de alguns advogados de que o Minist�rio P�blico pediria pris�o de suspeitos para depois oferecer a liberdade em troca da dela��o. "Isso � uma mentira. O Minist�rio P�blico n�o utiliza a pris�o como forma de a pessoa fazer colabora��o. A �ltima coisa que se acorda na colabora��o � a pena. A eventual liberdade � consequ�ncia da pena. Se o sujeito tiver cumprido determinado tempo na pris�o, pode ser solto. Ou pode continuar preso at� que tenha cumprido o tempo m�nimo para a liberdade", disse Fischer � reportagem.
Fischer destacou que outro ponto positivo da dela��o premiada � a devolu��o de valores obtidos com a pr�tica do crime. Acordos de dela��o premiada e de leni�ncia (feitos por empresas) j� permitiram a devolu��o de mais de R$ 1 bilh�o na Lava-Jato. Os investigados concordam em trazer ao Brasil o dinheiro da corrup��o que levaram para fora do Pa�s. "A devolu��o dos valores objeto das pr�ticas criminosas antecipa uma etapa que, sem a colabora��o, se daria somente no final, a repatria��o de ativos", disse o procurador.
Para Fischer, a repatria��o ao final dos processos pode levar anos, enquanto a devolu��o de valores por iniciativa dos r�us � muito mais r�pida. "A colabora��o premiada veio para ficar", afirmou.
A Lava-Jato, afirma o procurador, � a investiga��o que mais recorreu a este instrumento no Pa�s.