Os l�deres dos partidos de oposi��o ao governo na C�mara dos Deputados tentar�o esta semana convencer o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a manter o cronograma acertado previamente com o grupo para colocar o impeachment em pauta entre amanh� e quarta-feira (14).
Regimentalmente, o presidente da Casa � obrigado a submeter o recurso a plen�rio. Para que ele seja aprovado basta maioria simples.
O bloco oposicionista, que dava suporte pol�tico a Cunha, defendeu anteontem (10) o afastamento dele da Presid�ncia da C�mara dos Deputados, a partir da revela��o de detalhes sobre contas que ele supostamente abriu e operou na Su��a.
Os parlamentares dir�o a Cunha que a divulga��o de documentos enviados pelo Minist�rio P�blico da Su��a ao Brasil que comprovam que um neg�cio de US$ 34,5 milh�es fechado pela Petrobr�s em 2011, no Benin, na �frica, serviu para irrigar as quatro contas no pa�s europeu que t�m ele como benefici�rios tornou insuport�vel a press�o por um gesto p�blico de distanciamento.
Os tucanos ir�o argumentar que, uma vez licenciado, Cunha passaria a ser “um deputado como outro qualquer”. Ou seja: passaria a estar em situa��o id�ntica aos demais deputados que s�o alvo de inqu�ritos policias no STF e, mesmo que a Corte aceite a den�ncia, o peemedebista estaria na mesma situa��o que outros parlamentares.
Em outra frente, os deputados de oposi��o j� come�am a discutir reservadamente op��es de nomes para substituir Cunha na Presid�ncia da
C�mara
O perfil ideal � o de um peemedebista afinado com a oposi��o, mas que tenha bom tr�nsito entre o alto e baixo clero. O nome mais lembrado � do deputado pernambucano Jarbas Vasconcelos.
Apesar da predile��o da oposi��o por Jarbas, Leonardo Picciani � o nome mais cotado no Planalto para substituir Cunha. “Quanto mais tempo demorar (para Cunha deixar a Presid�ncia), pior ser�. Quanto mais r�pido vier a solu��o, melhor para o Pa�s. Se tivesse na presid�ncia da C�mara um deputado sem nenhum problema maior seria mais f�cil. A situa��o de Cunha � um elemento de turbul�ncia no andamento do pedido de impeachment”, diz o ex-governador Alberto Goldman, vice-presidente nacional do PSDB.