Quase quatro meses ap�s o ministro Gilmar Mendes, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinar abertura de inqu�rito para investigar suposta pr�tica de atos il�citos na campanha que reelegeu a presidente Dilma Rousseff em 2014, a Pol�cia Federal instaurou a investiga��o. A primeira determina��o do ministro � de junho; a segunda � de agosto.
O ministro tamb�m citou dela��o premiada do lobista Milton Pascowitch, que afirmou a investigadores que parte dos recursos de propina teria sido repassada a pedido do ent�o tesoureiro do PT Jo�o Vaccari Neto, hoje preso na LavaJato, ao site Brasil 247, "simulando contrato de presta��o de servi�os". "O objetivo seria financiar a propaganda disfar�ada do Partido dos Trabalhadores e seus candidatos, al�m de denegrir a imagem dos partidos e candidatos concorrentes", concluiu o ministro. "Em suma, h� indicativos de que o partido recebeu aux�lio por meio de sociedade de economia mista e publicidade", resume.
As contas de campanha da presidente Dilma e do PT foram aprovadas com ressalvas pelo TSE em dezembro de 2014. A aprova��o se deu na Corte por unanimidade ap�s os ministros acompanharem o voto do relator, que foi o pr�prio Gilmar. No despacho ele justificou seu voto pela aprova��o alegando que "apenas no ano de 2015, com o aprofundamento das investiga��es no suposto esquema de corrup��o ocorrido na Petrobr�s, vieram a p�blico os relatos de utiliza��o de doa��o de campanha como subterf�gio para pagamento de propina".
Logo ap�s o despacho do ministro, a Secretaria de Comunica��o Social do Pal�cio do Planalto emitiu nota afirmando que: "Todas as contribui��es e despesas da campanha de 2014 foram apresentadas ao TSE, que ap�s rigorosa sindic�ncia, aprovou as contas por unanimidade", diz a nota assinada pelo ministro da Comunica��o Social, Edinho Silva, que foi o tesoureiro da campanha de Dilma no ano passado.