(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Gra�a Foster diz a Moro que 'n�o desconfiava' de ex-diretores que 'procediam mal'

Em depoimento ao juiz federal, ela afirmou que a Opera��o Lava-Jato � extremamente positiva para a Petrobras


postado em 20/10/2015 14:31 / atualizado em 20/10/2015 14:59

A ex-presidente da estatal afirmou que tinha relação distante com os ex-diretores envolvidos no esquema de propina(foto: Geraldo Magela/ Agência Senado)
A ex-presidente da estatal afirmou que tinha rela��o distante com os ex-diretores envolvidos no esquema de propina (foto: Geraldo Magela/ Ag�ncia Senado)


S�o Paulo - A ex-presidente da Petrobras Gra�a Foster afirmou em depoimento ao juiz S�rgio Moro, que conduz as a��es da Opera��o Lava-Jato, na segunda-feira, 19, que tinha uma rela��o "meio distante" com os ex-diretores Paulo Roberto Costa (Abastecimento), Renato Duque (Servi�os) e Jorge Zelada (Internacional), diretores acusados de corrup��o na estatal. Ela disse que n�o desconfiava que eles "procediam mal".

Gra�a Foster foi diretora de G�s e Energia da Petrobras entre 24 de setembro de 2007 e 13 de fevereiro de 2012. A partir desta data, quando assumiu a presid�ncia da estatal, ela mudou as diretorias da companhia. A conviv�ncia de Gra�a Foster com os ex-diretores, segundo ela, se dava no �mbito da Diretoria Executiva da Petrobras.

"N�o. Eu n�o tinha desconfian�a de que eles procediam mal", disse Gra�a ao juiz da Lava-Jato. "Eles me tratavam com aten��o, generosos, mas era s� isso, uma coisa meio distante. Eu n�o posso falar nada com rela��o a conhecimento t�cnico deles."

Paulo Roberto Costa � um dos delatores do esquema de corrup��o instalado na Petrobras entre 2004 e 2014. Ele j� foi condenado por Moro, mas obteve benef�cios por ter firmado acordo de dela��o premiada. O ex-diretor escancarou o pagamento de propina de grandes empreiteiras do pa�s a pol�ticos.

Renato Duque liderou a diretoria de Servi�os da estatal, �rea estrat�gica da companhia. Acusado de ter recebido R$ 36,3 milh�es em propinas, ele pegou 20 anos de pris�o, a mais alta pena j� imposta pela Justi�a na Lava-Jato.

Jorge Zelada � r�u em uma a��o penal na Lava-Jato. Ele � acusado de corrup��o, lavagem de dinheiro e evas�o de divisas envolvendo o contrato do navio-sonda Titanium Explorer, da Petrobras.

Durante o depoimento em que ela foi arrolada como testemunha de Antonio Campello, executivo da Andrade Gutierrez, Gra�a elogiou a Opera��o Lava-Jato. "Eu quero agradecer a oportunidade de falar sobre a Petrobras, de estar de frente da Lava-Jato, muito orgulhosa de estar frente ao senhor, ainda que a dist�ncia. Estou a disposi��o do senhor, do Minist�rio P�blico", disse a Moro.

"Um processo de tantas den�ncias, depois que veio os efeitos da Opera��o Lava-Jato, que eu reconhe�o como extremamente positivos para a Petrobras, n�s fizemos um trabalho de uma investiga��o interna e v�rias investiga��es, criamos a diretoria de compliance, eu entendi que eu deveria sair para n�o pairar nenhuma d�vida que eu tivesse dificultando qualquer investiga��o", continuou a ex-presidente da estatal.

Gra�a Foster foi questionada pelo Minist�rio P�blico Federal sobre as indica��es das diretoria da Petrobras. "Na minha diretoria, eu apresentei nomes. A presidente Dilma me pediu: apresente nomes para as diretorias. Eu apresentei nomes de t�cnicos da Petrobras com os quais eu j� tinha trabalhado. Ela aceitou e eu falei isso para o ministro (Guido) Mantega, porque quem aprova os diretores � o presidente do Conselho", disse. "Diretoria completamente t�cnica e indicada por mim", finalizou.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)