Levantamento feito pelo Estado mostra que sete dos 21 deputados do Conselho de �tica da C�mara dos Deputados s�o alvos de a��es no Supremo Tribunal Federal. Entre eles, tr�s j� foram formalmente denunciados e respondem como r�us a a��es penais no tribunal. Os procedimentos podem influir na defini��o de um nome para relatar eventual processo de cassa��o do mandato do presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Tr�s deputados do Conselho de �tica s�o r�us em a��es penais no Supremo. Fausto Pinato (PRB-SP) � acusado por falso testemunho contra um suposto inimigo do pai dele num processo que subiu para o STF depois que ele foi eleito; Wladmir Costa (SD-PA) � r�u por nomear funcion�rios fantasmas na C�mara (contra ele h� mais dois inqu�ritos em curso por difama��o); e Washington Reis (PMDB-RJ), por crime ambiental. Todos negam as acusa��es.
Reis � um dos principais aliados de Cunha no conselho. Recai justamente sobre ele o maior n�mero de procedimentos no STF: seis no total. Al�m da a��o penal, o deputado � investigado por lavagem de dinheiro por suposta varia��o de patrim�nio incompat�vel com os bens declarados � Justi�a Eleitoral. O relator, ministro Celso de Mello, pediu, no entanto, o arquivamento do caso.
Mais tr�s inqu�ritos contra Reis o investigam por suposto envolvimento em um esquema de fraudes em licita��es. Os crimes teriam ocorrido quando Reis era prefeito de Duque de Caxias. Em outra a��o, testemunhas o acusam de ter usado maquin�rio da prefeitura do munic�pio em obras de um condom�nio particular �s v�speras das elei��es de 2008, quando o ent�o prefeito tentava a reelei��o.
O deputado diz que os processos fazem parte da vida pol�tica. “Se voc� for prefeito de uma cidade de mil habitantes vai responder a 50 inqu�ritos no Brasil. Isso n�o quer dizer nada, eu sou o pol�tico mais arrumado do mundo.”
Os outros deputados do Conselho de �tica da C�mara que s�o investigados pelo Supremo s�o Vin�cius Gurgel (PR-AP), por crimes eleitorais e contra a ordem tribut�ria, Betinho Gomes (PSDB-PE), por crime eleitoral, e Nelson Marchezan Jr. (PSDB-RS) por difama��o. Todos negam irregularidades.
Al�m deles, quatro outros parlamentares j� foram alvo de a��es na Corte, mas elas foram arquivadas. Os dez restantes n�o s�o citados em procedimentos. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.