Fernando Haddad, prefeito de S�o Paulo, diz que fica no PT 'com orgulho'

O prefeito de S�o Paulo Fernando Haddad afirmou ontem (24) de manh� que vai permanecer no PT e que “tem orgulho da hist�ria do partido”, por ser a �nica legenda “que teve origem no movimento social”. Haddad deu as declara��es em um programa transmitido ao vivo pela r�dio CBN a partir da Livraria Cultura do Conjunto Nacional, na Avenida Paulista.

“N�o vou deixar o PT. Quem tem que falar isso sou eu”, disse Haddad, em resposta a um ouvinte da r�dio que estava na plateia da sabatina.

Na tarde de sexta-feira, o site Estad�o.com.br noticiou que aliados do prefeito o pressionavam a sair do PT e que ele iniciou consultas sobre essa possibilidade, tendo como uma das alternativas a Rede Sustentabilidade rec�m-registrada como partido pol�tico pela ex-ministra e ex-senadora Marina Silva. A reportagem foi publicada a partir de informa��es obtidas com uma dezena de fontes do partido, da Prefeitura, da Rede e do PSDB. Depois da divulga��o da not�cia, Haddad usou o Twitter para negar a hip�tese de deixar a sigla, e ontem repetiu essa posi��o de pr�pria voz.

Ainda na resposta ao ouvinte, Haddad disse que considerava mais importante do que negar a sa�da explicar o porqu� de permanecer na sigla. “Quando voc� v� o movimento social da cidade, de moradia, sa�de, educa��o, em Parelheiros, Guaianases, Brasil�ndia, o PT surgiu desse resultado”, afirmou. “Eu acho que ser� ruim para o Pa�s se o Brasil n�o tiver um partido com as caracter�sticas sociais do PT.”

O prefeito tamb�m se esquivou das cr�ticas de corrup��o no partido, que teve dois tesoureiros presos e condenados pela Justi�a nos �ltimos dez anos. “Eu respeito a trajet�ria das milh�es de pessoas que ajudaram a construir este projeto. O que eu acho � o seguinte: de 1,5 milh�o de filiados, eu diria com certeza que 99,9% das pessoas lutam por um Pa�s melhor. E � para essas pessoas que eu estou olhando”, disse.

Para Haddad, os esc�ndalos que t�m surgido s�o fruto de uma melhora nas institui��es de fiscaliza��o e controle, um discurso semelhante ao adotado pela presidente Dilma Rousseff ao se referir �s investiga��es de corrup��o na Petrobras. “O Minist�rio P�blico nunca teve a autonomia que tem hoje. A Pol�cia Federal n�o tinha a autonomia que tem hoje. O pr�prio Judici�rio n�o tinha a autonomia que tem hoje. Acho que todo mundo que errou tem de ser punido, n�o s� de um lado”, comparou.

Ap�s as negativas p�blicas de que deixaria o PT, Haddad manteve a posi��o de admira��o pela mobiliza��o de Marina com a Rede. Em conversa com um integrante do novo partido no fim da tarde de sexta-feira, o prefeito disse estar aberto a di�logos com quem est� no “campo progressista”.

A gest�o de Haddad ainda enfrenta problemas de baixa avalia��o entre o eleitorado. Al�m disso, o prefeito contava com uma alian�a com o PMDB, mas est� ciente de que o partido vai lan�ar Marta Suplicy como candidata. Com isso, seu secret�rio de Educa��o, Gabriel Chalita, cogita deixar o partido e avalia qual a melhor sigla para atrair uma legenda para a chapa � reelei��o do prefeito petista. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.