(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

A 'd�cada perdida' das CPIs no Congresso

Desde o fim da investiga��o do mensal�o no Congresso, as CPIs perderam protagonismo na apura��o de casos de corrup��o e produziram mais %u201Cpizza%u201D que impacto pol�tico


postado em 25/10/2015 10:37 / atualizado em 25/10/2015 10:40

Henrique Pizzolato, ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, come�ou a cumprir pena na Penitenci�ria da Papuda na sexta-feira 23, exatos dez anos, dois meses e cinco dias depois de prestar depoimento � CPI dos Correios, a �ltima comiss�o parlamentar de inqu�rito de alto impacto pol�tico no Pa�s. Desde o fim da investiga��o do mensal�o no Congresso, as CPIs perderam protagonismo na apura��o de casos de corrup��o e produziram mais “pizza” que impacto pol�tico.

Em 2005, passaram pelos holofotes da CPI os principais envolvidos no mensal�o, como o empres�rio Marcos Val�rio, o ex-tesoureiro do PT Del�bio Soares e o ent�o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), que relatou a exist�ncia de um esquema de compra de apoio parlamentar no Congresso. Todos foram depois condenados e presos.

De l� para c�, o peso pol�tico das CPIs refluiu. Na C�mara, al�m de um ou outro esc�ndalo de menor impacto, os deputados se propuseram a investigar temas como a crise no sistema a�reo (na �poca dos acidentes com voos da TAM e da Gol), o tr�fico de pessoas, o trabalho infantil, a explora��o sexual de crian�as e adolescentes, os maus tratos ao animais e at� a d�vida p�blica do Brasil.

Nem o estouro do esc�ndalo da Petrobras, um dos maiores esquemas de corrup��o j� investigados no Pa�s, contribuiu para colocar uma comiss�o parlamentar de inqu�rito no centro das aten��es. Desde 2007, foram realizadas tr�s CPIs sobre a Petrobras - uma por legislatura. A mais recente, encerrada na semana passada, n�o apurou fatos novos, ficou � sombra das a��es da Pol�cia Federal, da Justi�a e do Minist�rio P�blico e produziu um relat�rio sem pedir indiciamento de nenhum parlamentar ou autoridade do governo.

A perda de import�ncia das CPIs na �ltima d�cada pode ser medida por dois indicadores: o n�mero de not�cias geradas e o n�vel de interesse provocado - ambos em baixa. Em 2005, o Estado publicou 1.558 textos com men��es ao termo “CPI” em suas edi��es impressas, segundo o Acervo Estad�o. Desde ent�o, esse volume nunca mais foi alcan�ado. Neste ano, at� setembro, foram 404. Mesmo com pouco impacto, o fim da CPI da Petrobras deve reduzir ainda mais a cita��o ao termo no notici�rio.

O interesse p�blico pode ser medido pelo volume de buscas por “CPI” no Google. Mais uma vez, os dados mostram que houve um pico em 2005, seguido por uma forte queda de interesse nos anos seguintes.

Um crescimento consider�vel nas buscas ocorreu em 2012, durante a chamada CPI do Cachoeira, que investigou as atividades de Carlinhos Cachoeira na explora��o de jogos ilegais em Goi�s. O que despertou o interesse at�pico, por�m, n�o foram as atividades da CPI ou seu personagem central, mas uma figura secund�ria: Denise Leit�o Rocha, ent�o assessora do senador Ciro Nogueira (PP-PI). Na �poca, um v�deo �ntimo da funcion�ria vazou na internet.

A ferramenta Google Trends mostra que, em 2012, um ter�o das buscas relacionadas � CPI era feito com os termos “musa da CPI” ou “furac�o da CPI”, como a assessora ficou conhecida. N�o foi um fen�meno passageiro: em 2013, os termos relacionados a ela representaram mais da metade das buscas por “CPI”. As informa��es s�o do jornal O Estado de S. Paulo.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)