Embora o caixa 2 – velha tradi��o que passou a ser duramente coibida a partir das elei��es gerais de 2006, ap�s o esc�ndalo do mensal�o – seja veementemente descartado por l�deres partid�rios e empres�rios, ele continuar� na mira da Justi�a Eleitoral. Edson Resende, coordenador-geral das promotorias eleitoral avisa: o Minist�rio P�blico Eleitoral far� acompanhamento cotidiano e concomitante das campanhas, comparando volume de recursos oficialmente movimentado e o volume real das campanhas nas ruas. “� inconstitucional e proibido est�. Mas, na pr�tica, o que vale � a vigil�ncia”, afirma Resende.
N�o h� consenso entre especialistas ao estimar o que ocorrer� com atores em rela��o ao caixa 2. “Sempre existiu e existe em qualquer lugar do mundo. N�o � um problema apenas do Brasil”, afirma J�lio Diniz Rocha, coordenador de Controle de Contas Eleitorais e Partid�rias do Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais, em refer�ncia aos valores “n�o contabilizados” de campanha. “Mas n�o acredito que a pr�tica v� crescer por causa da veda��o de pessoa jur�dica em doar. As institui��es est�o em pleno exerc�cio e bastante atuantes, como o Minist�rio P�blico, Pol�cia Federal e Justi�a Eleitoral”, acrescenta ele.Empres�rios � frente das entidades classistas querem dist�ncia de problemas com a legisla��o eleitoral. “Est� proibida a doa��o de empresas, n�o est�? Ent�o n�o h� raz�o para nenhuma empresa se meter a financiar, principalmente neste momento em que o pa�s est� mudando todos os conceitos e se adaptando �s regras”, avalia Olavo Machado, presidente da Federa��o das Ind�strias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). “A regra foi colocada agora de forma clara e todas as empresas – grandes, m�dias e pequenas – est�o em igualdade de condi��es. N�o participam e pronto”, diz. Para ele, o empres�rio que quiser, que o fa�a individualmente, na condi��o de pessoa f�sica.
Opini�o semelhante manifesta Emir Cadar Filho, presidente do Sindicato da Ind�stria da Constru��o Pesada do Estado de Minas Gerais (Sicepot-MG), para quem a lei ser� seguida ao p� da letra. Para ele, se as empresas n�o podem, agora os pol�ticos passar�o a pressionar por doa��es individuais. “S� que uma coisa � a empresa doar dentro do contexto de seu faturamento. A outra � o empres�rio tirar do pr�prio patrim�nio pessoal. Acho que vai diminuir bastante a disposi��o em contribuir no meio”, afirma ele.