
Pr�ximo ao PSDB, Mendes sinalizou a inten��o de "pedir vista" na a��o que questiona o rito do afastamento de Dilma, causando apreens�o no Pal�cio do Planalto, que trabalha para se livrar o mais r�pido poss�vel desse processo.
A amea�a foi vista por auxiliares da presidente como "o pior dos mundos". Um dia ap�s conversa entre Dilma e o vice Michel Temer, a desconfian�a entre ambos permanece no Planalto. Embora tenham estabelecido um pacto de civilidade para consumo externo, nos bastidores uma guerra fria movimenta o governo.
Temer vai se encontrar nesta sexta-feira, 11, com Mendes, em S�o Paulo, em inaugura��o de uma filial de um instituto do qual o ministro � s�cio. Para interlocutores de Dilma, o vice adotou uma agenda de quem defende a deposi��o. Na noite de anteontem, depois de um di�logo formal com a presidente de 50 minutos, Temer circulou com desenvoltura em um jantar de confraterniza��o na casa do l�der do PMDB no Senado, Eun�cio Oliveira (CE).
N�o foram poucos os convidados que observaram a satisfa��o do vice. "Ele est� pronto para assumir, se necess�rio for", resumiu o senador Ricardo Ferra�o (PMDB-ES).
A estrat�gia acertada no Planalto, por�m, consiste em n�o alimentar as diverg�ncias entre Dilma e Temer. "Os relatos que tive da conversa entre os dois s�o positivos. Sem nenhum tipo de otimismo falso, n�o vejo estremecimento", disse o ministro Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo).
Para Dilma, n�o h� muito a fazer para recompor a alian�a. A presidente precisa do PMDB para enfrentar o impeachment, mas a ala dissidente do partido, ao lado do presidente da C�mara, Eduardo Cunha (RJ), est� ganhando for�a. Em conversas reservadas petistas dizem que Temer "joga junto" com Cunha.
Ministros do PMDB pressionam deputados para reverter votos dados a Leonardo Quint�o (MG), que assumiu a lideran�a da bancada no lugar de Leonardo Picciani (RJ), aliado de Dilma. Os ministros Marcelo Castro (Sa�de) e Celso Pansera (Ci�ncia e Tecnologia) podem at� reassumir os mandatos na C�mara para dar apoio a Picciani.
